Terminou nesta sexta-feira, 29 de julho, a jornada de mobilização e protestos, organizada pelo SINDIPETRO/RN, em atendimento à convocação da FUP e Sindicatos. O movimento reuniu milhares de trabalhadores dos setores público e privado, exigindo transparência e valores justos para a Participação nos Lucros e Resultados – PLR; assistência à saúde (AMS), gratuita e de qualidade; mais segurança nos ambientes laborais; e o fim da precarização dos contratos de trabalho, com pleno respeito aos direitos sociais e trabalhistas.

Na quarta-feira, 27, houve mobilização das bases em Guamaré, Mossoró, Natal, Macaíba e Plataformas Marítimas. No Pólo Guamaré, que congrega uma Unidade de Tratamento de Produtos Fluidos – UTPF, a Refinaria Potiguar Clara Camarão – RPCC, e um Terminal da Transpetro, as entradas foram fechadas pelos trabalhadores às 6 horas da manhã. Quem estava fora não entrou e quem estava dentro não saiu. Dezenas de caminhões-tanque ficaram sem abastecer. A entrada no Pólo só foi liberada pelos trabalhadores, depois das 15h00.

Em Mossoró, a mobilização ocorreu em frente ao portão da Base 34, reunindo trabalhadores do setor administrativo e, também, dos campos de produção terrestre de Canto do Amaro e de Riacho da Forquilha, que não embarcaram. Tal como em Guamaré, a Base 34 foi “trancada” por centenas de trabalhadores, que permaneceram no local até às 16h00. Já, nas Plataformas Marítimas, assim como nos terminais da Transpetro, em Natal e Macaíba, a emissão de Permissões de Trabalho (PT’s) foi suspensa.

Na quinta-feira, 28, foi a vez do Alto do Rodrigues. A concentração foi realizada no S-7 (Base Administrativa do ATP-ARG). Reuniu trabalhadores e trabalhadoras das áreas de campo do Estreito, Fazenda Pocinhos, CNB e ARA. Todos os portões foram fechados e cerca de 85% dos trabalhadores aderiram ao movimento, que se estendeu das 7 às 17h45, totalizando mais de dez horas de duração.

Na sexta-feira, 29, foi a vez da sede administrativa de Natal. Apesar dos esforços da Empresa, que utilizou correntes e cadeados para manter os portões abertos, as principais entradas foram bloqueadas pelos trabalhadores. Em frente ao portão principal, trabalhadores realizaram um ato público com centenas de participantes. A manifestação foi encerrada às 10h00.

Em todas as bases, foram realizadas assembléias que deliberaram favoravelmente à realização de uma greve nacional, a partir de 10 de agosto, por tempo indeterminado e com parada de produção. O movimento deverá ser deflagrado, caso a Petrobrás apresente uma contraproposta de quitação da PLR-2010 que seja considerada insatisfatória pela categoria.