Com sessões deliberativas realizadas nas bases administrativas e operacionais da Petrobrás e em algumas das principais empresas privadas atuantes no Estado, a categoria petroleira norte-rio-grandense decidiu, por ampla maioria (97%), acatar a orientação da FUP e do SINDIPETRO-RN e aderir à greve geral nacional agendada para esta sexta-feira, 28.

Além de repudiar as contrarreformas previdenciária e trabalhista, o movimento convocado pelas centrais sindicais rejeita a terceirização ilimitada, o entreguismo das riquezas nacionais e as demais medidas antinacionais e antipopulares que vêm sendo adotadas pelo governo golpista chefiado por Michel Temer.

A exemplo do que vem ocorrendo no restante do país, trabalhadores de diversos setores da economia potiguar também já confirmaram a adesão à greve. É o caso de professores universitários e secundaristas, trabalhadores da saúde, rodoviários, ferroviários, diversos segmentos de servidores públicos federais, estaduais e municipais. Bancários e trabalhadores dos Correios também deverão se integrar ao movimento.

No campo, trabalhadores e trabalhadoras rurais e sem-terra, mobilizados pela CONTAG e pelo MST, estão programando atos e manifestações em várias localidades.

Reforço

Em apoio às reivindicações da classe trabalhadora, a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB e o Conselho Federal de Economia – COFECOM manifestaram-se conjuntamente, em nota intitulada “Por uma Previdência Social Justa e Ética”.

No texto, divulgado recentemente em coletiva de imprensa realizada em Brasília, as entidades signatárias cobram que não haja retrocessos sociais e retirada de direitos já garantidos e afirmam que mudança tão profunda nas regras da aposentadoria não pode ser feita sem debate prévio com a sociedade, requerendo uma auditoria na Previdência Social.

Concentração

Na próxima sexta-feira, 28, além de paralisar as atividades laborais, a categoria petroleira deverá se integrar e fortalecer os atos e manifestações que estão sendo agendados em centenas de cidades brasileiras. Isto porque numa batalha que tem a grande mídia empresarial como uma das principais antagonistas, as demonstrações de insatisfação popular precisam transbordar as redes sociais e ganhar as ruas, em ações de grande unidade e amplitude, a fim de que seja inviável escondê-las ou minimizá-las.

Em Natal, a concentração dos trabalhadores e do povo contra as reformas neoliberais impostas pelo governo golpista de Michel Temer será realizada a partir das 15 horas, na avenida senador Salgado Filho, em frente ao IFRN / Midway. Em Mossoró, serão realizadas duas mobilizações. Pela manhã, o encontro acontece às 8 horas, em frente à Igreja São João, com caminhada até a Praça da Catedral. No período da tarde, a concentração está marcada às 15 horas, em frente à Igreja do Alto de São Manoel. Em seguida, os manifestantes deslocam-se até a Praça do Pax, no centro da cidade.