A exemplo de outros estados, os petroleiros e petroleiras do Rio Grande do Norte recusaram amplamente (com índice de 99,5%), nas 14 sessões deliberativas realizadas, a proposta de ACT apresentada pela Petrobrás, que congela a tabela salarial, altera a jornada de trabalho com redução de salário e diminui os direitos conquistados pela categoria ao longo dos anos, como a remuneração das horas extras e o auxílio alimentação.
Junto à rejeição da proposta feita pela Companhia, os trabalhadores também votaram em bloco e aprovaram os seguintes indicativos: Estado de Greve, Assembleia Permanente e Operação “Para, Pedro!”, que consiste no cumprimento rigoroso de todos os itens de segurança operacional e na denúncia de quem descumprir ou assediar os trabalhadores.
Além de cobrar uma nova proposta econômica e resposta para as pendências do ACT, FUP e Sindicatos querem um posicionamento da empresa sobre o “Termo de Ciência e Responsabilidade” que foi apresentado pelas direções sindicais na primeira reunião, cobrando o cumprimento na íntegra de todos os procedimentos de segurança previstos pelo Ministério do Trabalho e pela ANP, com a devida responsabilização dos gestores que instigarem os trabalhadores a descumpri-los.
Com a saída de quase 20 mil petroleiros nos dois últimos PIDVs, sem reposição das vagas, a categoria está ainda mais exposta a acidentes. A Operação “Para, Pedro!” é uma necessidade real de preservação da vida e precisa do engajamento de todos os trabalhadores. A partir dessa mobilização os Sindicatos pretendem construir de uma greve nacional, que exigirá novas estratégias de luta da categoria.