O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, anunciou a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha. A mudança chegará nas distribuidoras a partir desta quarta-feira (17). Para o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Estado (SINDIPETRO-RN), Ivis Corsino, a mudança representa a retomada dos benefícios à população brasileira.

“O Brasil possui a produção, o refino, a distribuição e comercialização dos derivados e praticava preços internacionais. Então essa modificação, através da gestão do Jean Paul Prates, significa a retomada dos rumos que a companhia tinha em momentos de outrora quando não existia o PPI [Preço de Paridade de Exportação]”, explicou.

O diesel A terá redução de R$ 0,44 por litro na venda para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro (-12,8%). Para a gasolina A, a estatal reduzirá em R$ 0,40 por litro o seu preço médio de venda para as distribuidoras, que passará de R$ 3,18 para R$ 2,78 por litro (-12,6%). Já o gás de cozinha passará de R$ 3,22 para R$ 2,53 por quilo (redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kg, queda de 21,3%).

De manhã, a estatal já havia anunciado uma nova política para precificação de combustíveis nas refinarias e o fim da paridade de importação.

“O Brasil possui a produção, o refino, a distribuição e comercialização dos derivados e praticava preços internacionais. Então essa modificação, através da gestão do Jean Paul Prates, significa a retomada dos rumos que a companhia tinha em momentos de outrora quando não existia o PPI [Preço de Paridade de Exportação]”, explicou.

Para o petroleiro, a medida contribui para a diminuição da pobreza no país. Segundo Corsino, o barateamento – especialmente do gás de cozinha – torna o produto mais acessível à população pobre.

“A gente observou inclusive que em outros momentos as pessoas passaram a usar biomassa, que é a queima de lenha. Isso foi uma realidade, por exemplo, que no Rio Grande do Norte nós observamos concretamente e de maneira muito cristalina”, diz.

O botijão de gás, de acordo com a estatal, deve ficar abaixo dos R$ 100 pela primeira vez desde outubro de 2021. Segundo Prates, o botijão de 13kg deve ter um preço médio de R$ 99,87.

“Se você andasse no Rio Grande do Norte você via nas demais nas diversas regiões, principalmente no interior, as pessoas voltando a usar lenha. Então isso realmente é uma retomada que insere as pessoas a terem acesso a coisas básicas como o gás de cozinha e fomenta a economia. As pessoas passam a ter mais acesso a esses bens de consumo, como é o caso dos derivados, e passam a usar mais. Até para a economia isso é bom”, comemora Corsino.

Para o professor Cassiano Trovão, do Departamento de Economia da UFRN, a mudança na política de preços da Petrobrás garante uma maior estabilidade no mercado interno.

“Essa maior estabilidade favorece a previsibilidade dos empresários em relação aos custos dos insumos para a produção, uma vez que nesses custos estão imbuídos os custos de transporte”, explica.

“A Petrobrás, com essa política nova, pode garantir a rentabilidade necessária para a empresa levar adiante seus projetos de investimento, garantindo uma distribuição de lucros compatíveis com as práticas internacionais”, diz Cassiano.

Segundo o economista, essa ação leva a algo distinto do que a antiga política permitia. Agora, para o professor, há a possibilidade de se manter preços internos mais baixos, como a redução já anunciada pela empresa.

“De modo geral, isso tende a diminuir as pressões inflacionárias oriundas do comportamento dos preços do petróleo no mercado internacional, favorecendo a sociedade como um todo”, aponta.

Agência Saiba Mais