A partir deste sábado (1), o preço médio da gasolina tipo A vendida pela Petrobras as distribuidoras vai baixar de R$ 2,66 para R$ 2,52, a redução é de R$ 0,14 por litro (-5,3%). O anúncio foi feito pela estatal nesta sexta (30).
Até o dia 24 de junho, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis de Natal estava em R$ 5,77, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor é o mais alto dentre os nove estados do Nordeste e o 4º maior do país. Levantamento da ANP nesse mesmo período aponta que o preço médio da gasolina no Brasil é de R$ 5,35. No entanto, esta semana, alguns postos de Natal já vendiam gasolina com valor acima dos R$ 6.
“A gente tinha uma desoneração de tributos, que passaram a ter cobrança em alíquota “cheia” a partir de ontem 29/06. Como o combustível que consumimos no RN em grande parte sai de Guamaré, produzido ou importado, a retomada das alíquotas aumentam um pouco. Porém, uma parte dos combustíveis que abastecem o RN vem também de Cabedelo/PB e Suape/PE, que são fornecidos em grande parte pela PETROBRAS, que está reduzindo os preços. A redução de preços pela PETROBRAS acaba que força em certa medida a conter os aumentos da 3R em Guamaré, que adota uma paridade de preço de importação para os derivados (política do governo anterior na Petrobras). Pode e está ficando viável os postos comprarem fora do RN e não em Guamaré, em razão da atratividade dos preços da PETROBRAS lá“, avalia Ivis Corsino, Coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindpetro-RN).
A “alíquota cheia” à qual Ivis Corsino se refere é a retomada da cobrança do PIS/Cofins pelo governo federal, que havia suspendido a cobrança dos impostos em fevereiro.
Em reportagem anterior da Agência Saiba Mais, a direção do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos RN) atribuiu os reajustes mais frequentes em Natal aos aumentos anunciados pela 3R Petroleum, empresa que assumiu o Polo Potiguar após a privatização neste mês de junho.
Fim da paridade
Em maio deste ano a Petrobras anunciou o fim da paridade de preço da gasolina e do diesel de acordo com o mercado internacional. A mudança gerou redução no valor cobrado pelos combustíveis em todo o país.
Para evitar o repasse da volatilidade dos preços internacionais para o mercado interno, os reajustes, que continuarão a acontecer, mas sem uma periodicidade definida, passaram a ter outros parâmetros.
A Petrobras havia adotado a política de preços que acompanha o valor do barril de petróleo de acordo com o mercado internacional e a flutuação do câmbio a partir de 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff.
Agência Saiba Mais