[Da imprensa do Sindipetro Bahia]
Com cartazes, bandeiras e faixas, centenas de aposentados, aposentadas e pensionistas da Petrobrás compareceram, na manhã desta quarta-feira (23), em frente ao edifício Torre Pituba, sede da estatal, em Salvador, na Bahia, para pedir o fim dos equacionamentos da Petros e cobrar da Petrobrás o pagamento de suas dívidas com o fundo de pensão.
O ato unificado, que também defendeu mudanças na gestão da Petros, reivindicando que metade da diretoria da Fundação seja eleita pelos trabalhadores, foi convocado pela FUP e FNP e aconteceu de forma simultânea em diversas localidades ao redor do país, onde há unidades da Petrobrás.
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Na Bahia, a mobilização – que foi organizada pelo Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás, Petros e AMS, do qual fazem parte o Sindipetro Bahia, Astape, Abraspet, Aepet e Cepes – reuniu assistidos e também participantes do fundo de pensão das cidades de Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé, São Francisco do Conde, Feira de Santana, Serrinha, Madre de Deus, Candeias, Pojuca, Mata de São João, Santo Amaro e Salvador.
O protesto espelhou o sentimento de basta da categoria petroleira, principalmente dos aposentados e pensionistas, muitos que hoje sobrevivem apenas com o que ganham do INSS, pois o contracheque da Petros, em alguns casos, vem zerado devido aos descontos provenientes das cobranças feitas pelos Planos de Previdência Complementar do Sistema Petrobrás (PPSPs),
Chega de descontos
Maísa Oliveira que está aposentada há 5 anos, teve sua renda comprometida devido aos descontos dos equacionamentos. Ela conta que chega a pagar R$4 mil reais por mês para o fundo de pensão. “Minha qualidade de vida caiu em 50% desde que começaram os descontos no meu salário. Hoje praticamente o que recebo dá apenas para pagar os custos da AMS.”
Raimundo dos Anjos que também está aposentado há cerca de 10 anos questiona sobre os descumprimentos legais aplicados desde que se iniciaram as deduções. “É um impacto muito grande. Esse mês eu recebi 30% do bruto do meu benefício. Temos casos de colegas que chegaram a ter até 75% do salário descontado para pagamento desses equacionamentos e isso chega a ser inconstitucional, porque só se pode descontar até 35% do salário do trabalhador pela lei.
A coordenadora do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento, elogiou a disposição e capacidade de luta da categoria petroleira, ressaltando a importância de manifestações como essa, pois “só assim, na luta, ocupando as ruas, vamos conseguir que a Petrobrás pague sua dívida com a Petros e também mostrar a difícil situação em que se encontram os aposentados, as aposentadas e pensionistas. Chega! Passou da hora de acabar de uma vez por todas com este PED assassino”.