O SINDIPETRO-RN não assinará o Acordo referente à Participação nos Resultados (PR) obtidos pela Petrobrás em 2017, enquanto a Direção da companhia insistir em excluir do pagamento os trabalhadores e trabalhadoras da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR). A decisão da diretoria da entidade acompanha o posicionamento da Federação Única dos Petroleiros – FUP, assim como dos demais sindicatos a ela filiados.
Em reunião com a Gerência de Recursos Humanos da Petrobrás, realizada em 14/06, a FUP já havia manifestado concordância com o pagamento da PR, nos mesmos moldes de 2015, desde que fossem contemplados todos os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema. Todavia, a Direção da companhia teima em excluir os petroleiros da Fafen-PR, sob a alegação de que a Araucária não assinou o Acordo de Metodologia da PLR.
Esse Acordo, que regra o pagamento e a distribuição dos lucros e resultados no Sistema Petrobrás, foi assinado pelos sindicatos em 2014 e tem validade até 2019. A Araucária não participou da discussão sobre a metodologia, no entanto, assinou o termo de quitação da PR 2015, que atende ao que foi acordado no regramento, não havendo, portanto, justificativas para excluir os trabalhadores e trabalhadoras da Fafen-PR do pagamento deste ano.
Para a FUP/Sindicatos, não está em discussão o formato do pagamento. Em reunião com a Petrobrás realizada em 1º/08, as entidades voltaram a defender que o Acordo de Regramento seja respeitado e que a Participação nos Resultados seja paga nos mesmos moldes anteriormente praticados, conforme Termo de Quitação da PR 2015, assinado, inclusive, pela Araucária Nitrogenados.
As entidades reconhecem o período de dificuldades vivido por petroleiros e petroleiras, mas entendem que a “proposta” da Petrobrás não pode ser aceita pela categoria, ainda mais nesse momento, em que todo o Sistema está sob ataque. Se, hoje, a gestão diferencia direitos dos companheiros e companheiras da Araucária, amanhã poderá fazer o mesmo com qualquer outra unidade da empresa.
De forma coerente, FUP/Sindicatos continuarão insistindo em uma saída negociada para este impasse, desde que seja assegurado o pagamento para os trabalhadores da Araucária, nos mesmos moldes praticados em 2015. A Federação também vem cobrando que a Araucária assine um Termo Aditivo ao Acordo de Metodologia da PLR, evitando que esse problema volte a ocorrer no próximo ano.