A Diretoria Colegiada do SINDIPETRO-RN está convocando os petroleiros e petroleiras norte-rio-grandenses para realizar dois dias de paralisações e manifestações, na próxima semana. Na segunda-feira, 19, somando-se a outras categorias profissionais para reforçar o Dia Nacional de Lutas em Defesa da Aposentadoria. Já, na terça-feira, 20, para protestar contra o progressivo desmonte da Petrobrás e em defesa da imediata suspensão do equacionamento do déficit do PP-1, apresentado pela PETROS.
Organizada por sete centrais sindicais (CTB, CUT, CSB, Força Sindical, Nova Central, UGT e Intersindical), a mobilização de segunda-feira, 19, contará com atos públicos, paralisações e greves de diferentes setores, em todo o país. O objetivo é sair às ruas para impedir a aprovação da matéria que desmonta a Seguridade Social e derrotar os que querem descarregar o ônus da crise sobre os ombros da classe trabalhadora.
Na terça-feira, 20, a mobilização terá um duplo objetivo: visa repudiar a proposta de equacionamento do PP-1 que penaliza petroleiros e familiares, e também denunciar o desmonte da Companhia, que poderá ter mais um triste capítulo com a parada de produção da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), a segunda maior do Brasil, localizada no Recôncavo Baiano. Nesta data, está programado o corte de carga da U-32, principal unidade de destilação da refinaria.
A parada da RLAM acontece num quadro em que há forte redução da utilização do parque de refino nacional, com cinco refinarias da Petrobras (RLAM, REMAN, REDUC, REFAP e RPCC), já operando com utilização de capacidade inferior a 75%, fato que ocorre paralelamente a uma invasão de produtos importados no mercado brasileiro de combustíveis, o que restringe o escoamento da produção das refinarias nacionais.
Na categoria petroleira norte-rio-grandense, em assembleias que estão sendo realizadas desde a última terça-feira, 13, várias unidades operacionais já estão aprovando a suspensão da emissão de Permissões de Trabalho (PTs). Nas áreas administrativas, também deverão ocorrer atrasos na entrada do expediente, atos públicos e protestos nos acessos das principais instalações, envolvendo trabalhadores e trabalhadoras dos setores público e privado.