Sem diálogo e com a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho – 2017/2018 atrasada há sete meses, trabalhadores e trabalhadoras da PROGEL realizaram nesta terça-feira, 21, uma parada de advertência de 24 horas. A categoria também aprovou participação na audiência pública que a Câmara Municipal de Mossoró promoverá no próximo dia 30, e que terá como tema: “A Revitalização da Cadeia de Petróleo e Gás da Bacia Potiguar”.
Além da base administrativa da PROGEL, a mobilização contou com a adesão de trabalhadores e trabalhadoras lotados na Base-34 da Petrobrás e no S7, no Alto do Rodrigues. A categoria reivindica reajuste salarial de acordo com o ICV – DIEESE, relativo ao período de 1º de maio de 2016 a 30 de abril de 2017, calculado em 3,26%; cesta natalina no valor mínimo de R$100,00 (cem reais), que deve ser entregue até o dia 20 de dezembro de 2017; e ajuda de custo no valor de R$ 200,00 mensais, que foi aprovada em todas as assembleias.
De acordo com o diretor da pasta de Aposentados e Pensionistas do SINDIPETRO-RN, Pedro Idalino, a resistência da PROGEL em atender as reivindicações da categoria vem desde o começo do contrato, quando já era discutida a aplicação da ajuda de custo. “Esse benefício, já pleiteado em acordos anteriores e que a empresa não arca com encargos sociais, tem sido rejeitado nas mesas de negociação”, destaca.
O entendimento de Idalino é confirmado pelo delegado sindical da Base Natal, Ivis Corsino. “Temos percebido uma postura intransigente da empresa na mesa de negociação, fazendo com que medidas mais enérgicas sejam aplicadas, a exemplo desta parada de advertência”, explica o diretor.
O diretor da Secretaria Geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, destacou que foram muitas as tentativas de negociar e entender a situação financeira da empresa. “O sindicato já propôs que a PROGEL apresentasse as contas da empresa para comprovar a falta de recursos que ela alega ter, porém não tivemos êxito”.
Na base administrativa da PROGEL, a mobilização teve início às 8 horas com um debate sobre a Reforma Trabalhista no qual participou o assessor jurídico do SINDIPETRO-RN, Mário Jácome. O advogado destacou que a contrarreforma precariza as relações de trabalhado, subtraindo vários direitos aos trabalhadores, a exemplo das horas “in itinere”; de valores relativos a indenizações por danos morais; e da prevalência do acordado sobre o legislado.