A Petrobras anunciou que exercerá o direito de preferência em apenas três dos oito prospectos que deverão ser ofertados nos dois leilões do Pré-sal que a Agência Nacional de Petróleo – ANP pretende organizar em outubro, sob o regime de partilha.

A informação foi divulgada em matéria publicada na última quinta-feira, 25, pela Agência Reuters, e ratifica a linha entreguista adotada pela direção da companhia desde que Michel Temer nomeou Pedro Parente para a presidência do Conselho de Administração.

A esdrúxula alegação apresentada pela Petrobrás para abrir mão de campos do Pré-sal é de que a empresa não tem recursos para explorar aquela riqueza. Curiosamente, a jazida é a maior descoberta petrolífera realizada em todo o planeta nas últimas décadas, feito realizado pela própria Petrobrás.

Em decisão unânime, tomada em reunião realizada no último dia 23, o Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros – FUP, formado 13 sindicatos filiados, está exigindo a renúncia do presidente da Petrobrás, bem como de todos os integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da Empresa. 

Na carta aprovada pela FUP/Sindicatos, as entidades reiteram “a ilegitimidade da atual gestão, que vem agindo no sentido contrário ao que foi determinado pelo povo na eleição de 2014, além de ter sido indicada por um governo que é fruto de um golpe e envolvido em fatos policialescos”. 

Ainda segundo o documento, não bastasse o sentido ilegítimo da atual administração, esse coletivo vem utilizando o superficial pretexto de conter o endividamento da Petrobrás com a clara intenção de destruir a empresa.

As entidades também ressaltam que “da incapacitação técnica à alienação patrimonial por preços irrisórios, o conjunto da obra realizado foi todo ele desenvolvido para o apequenamento da Petrobrás”.