Com decisões aprovadas por expressivas maiorias, os trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás lotados em bases sediadas no Rio Grande do Norte decidiram acatar a última contraproposta de Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho – ACT 2015/17 – apresentada pela companhia e manter o Estado de Greve.
As deliberações foram tomadas em Assembleia Geral, concluída nesta quinta-feira, 26, com a realização de 14 sessões deliberativas, promovidas em áreas administrativas e operacionais. No cômputo geral, foram registrados 96% de votos favoráveis à assinatura do Acordo e 95,1% pela manutenção do Estado de Greve com assembleia em sessão permanente.
A contraproposta de Aditivo ao ACT prevê reajuste salarial com reposição integral da inflação pelo ICV-Dieese (8,57%), retroativo a 1º/09, e nenhum direito a menos. Já, a manutenção do Estado de Greve, que implica deflagração do movimento a qualquer momento, é considerada uma demonstração de disposição de luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás.
Nos demais Estados, os indicativos defendidos pelo Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros – FUP – também estão sendo aprovados com votações significativas. De acordo com o cronograma de pagamento apresentado pela Petrobrás, o pagamento às bases que assinarem o Acordo até 27 de janeiro deverá ser efetuado em 8 de fevereiro.
Com o encerramento da campanha salarial e a preservação de direitos adquiridos, passam ao primeiro plano das lutas da categoria petroleira brasileira a defesa da integridade da Petrobrás, contra as privatizações e as vendas de ativos promovidas de forma obscura e a toque de caixa pela gestão entreguista de Pedro Parente.
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA |
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Aceitação do Aditivo ao ACT |
Assembleia Permanente e Estado de Greve |
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Favor |
Contra |
Abst |
Total |
Favor |
Contra |
Abst |
Total |
96,0 |
3,6 |
0,4 |
100 |
95,1 |
0,9 |
4,0 |
100 |