Com mobilizações no Polo Industrial de Guamaré e nas Plataformas Marítimas, a categoria petroleira norte-rio-grandense engrossou a onda de manifestações e protestos que atingiu diversas unidades da Petrobrás, durante o período natalino (23, 24, 25 e 26/12), em todo o País.
Aprovada por cerca de 78% dos petroleiros e petroleiras consultados, em sessões deliberativas realizadas entre 16 e 22/12, a mobilização assumiu, nessas duas áreas, a forma de suspensão da emissão de Permissões de Trabalho – PTs e cancelamento de Permissões Temporárias de Trabalho – PTTs.
No Polo Guamaré, que abriga uma refinaria, uma unidade de tratamento de fluidos e um terminal da Transpetro, o protesto se estendeu das 13h da sexta-feira, 23, até às 9h desta segunda-feira, 26, quando uma assembleia suspendeu o movimento. Já, nas plataformas, a suspensão da emissão de PTs vigorou das 18h de sexta-feira até às 18h do sábado.
Além de rejeitar a quarta e última contraproposta de Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho – ACT 2015/2017 apresentada pela empresa e de reclamar a retomada das negociações, a categoria repudia o criminoso desmonte do Sistema Petrobrás, que vem sendo imposto pela gestão Pedro Parente.
Suspensão
Na manhã desta segunda-feira, 26, a Direção da Federação Única dos Petroleiros – FUP, por intermédio do coordenador geral, Zé Maria, decidiu indicar a suspensão do movimento. Segundo o “Informe FUP”, o objetivo é o de promover uma avaliação estratégica, na próxima reunião do Conselho deliberativo, agendada para 4 de janeiro.
No período natalino, além do Rio Grande do Norte, foram registradas mobilizações na REMAN (AM), TEPAR e REPAR (PR), RECAP e REPLAN (SP), LUBNOR (CE), REDUC (RJ). Na Bahia, segundo o Sindicato, também houve corte da rendição das turmas de turno de revezamento e paralisação em diversas unidades.