Terça-feira, 29 de novembro. Esta é a data indicada pela gerência local da Petrobrás (UO-RNCE) para responder às indagações e pedidos de esclarecimento da categoria petroleira e da sociedade norte-rio-grandense, acerca da cessão de campos petrolíferos, venda de ativos e continuidade da atuação da empresa em território potiguar.

O compromisso foi assumido na manhã da última sexta-feira, 11, durante o Dia Nacional de Greve e Paralisações, quando cerca de 150 petroleiros e petroleiras lotados na sede Natal acompanharam diretores do Sindicato na entrega coletiva de uma solicitação de informações às principais gerências locais.

O primeiro destino da comitiva foi a Gerência da UO-RNCE, onde o documento foi entregue por uma comissão integrada por diretores e representantes de base, diretamente ao gerente geral, Tuerte Amaral Rolim. Após uma breve conversa, e com o compromisso de reunir-se com o sindicato para esclarecer os questionamentos encaminhados, o gerente foi até a porta do setor cumprimentar a categoria.

Ainda durante o período da manhã, depois de visitar a Gerência da UO-RNCE, os petroleiros e petroleiras se dirigiram até o prédio da CPT-N/NE, onde formaram uma nova comissão para entregar a solicitação de informações ao gerente da Construção de Poços Terrestres – Norte e Nordeste, Francisco Queiroz.

Na ocasião, mostrando-se disposto a prestar todos os esclarecimentos demandados pela categoria petroleira, o gerente afirmou que a sondagem tem enfrentado muitas dificuldades, em meio à crise econômica e à concorrência com a produção do Pré-sal.

Perguntas sem respostas

Motivado por trabalhadores próprios, terceirizados e, também, por diversos segmentos da sociedade norte-rio-grandense, o SINDIPETRO-RN tem buscado, desde 2015, esclarecimentos sobre os projetos e perspectivas da Petrobrás no Estado.

E como os veículos de comunicação da companhia não disponibilizam informações mais detalhadas sobre as operações em curso, vários setores e segmentos sociais mostram-se cada vez mais preocupados com as possibilidades e limitações futuras da atividade petrolífera no RN.

Sem respostas oficiais, o que se tem, até agora, são notícias referentes à desmobilização de unidades e à cessão/venda de campos de produção, geralmente baseadas em declarações de dirigentes da companhia, sem qualquer desmentido ou confirmação.

Num Estado em que a atividade econômica é fortemente impactada pela indústria petrolífera e, especialmente, pela atuação da Petrobrás, a falta de transparência na comunicação com a sociedade provoca intranquilidade e temor pelo desconhecimento e consequentemente pela incapacidade de avaliação da magnitude de eventuais problemas.

Assim, os esclarecimentos que deverão ser apresentados pelas gerências locais da Petrobrás, no próximo dia 29/11, são aguardados pelos norte-rio-grandenses com grande ansiedade e expectativa.