Consequentes com o encaminhamento da FUP e dos sindicatos filiados, petroleiros da Base-34, em Mossoró, rejeitaram por unanimidade a segunda proposta de Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2015-17 apresentada pela Petrobrás. A categoria não aceitou o reajuste de 6% para o salário base, ainda abaixo da inflação acumulada no período, e considerou insatisfatórias as demais cláusulas econômicas.
De acordo com o diretor do SINDIPETRO-RN, Ivis Corsino, que esteve presente no último Conselho Deliberativo da FUP, apesar da insistência da Petrobrás os sindicatos não vão debater cláusulas relativas a jornadas e horas extras pois estas questões fogem ao escopo das negociações. Segundo o diretor, as propostas visam retroceder conquistas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras. “O documento apresentado pretende negociar a remuneração da hora extra, congelar as gratificações de campos terrestres, mudar o auxílio refeição e reduzir a jornada com redução de salário”, explicou Ivis.
Frente ao desinteresse da empresa em atender as reivindicações da categoria que se opõe à venda dos campos terrestres de produção, a assembleia também aprovou uma Jornada de Lutas, que contempla um amplo calendário de mobilizações, paralisações, bloqueios de embarque, atrasos nos expedientes, e intensificação da operação “Para, Pedro!”, entre outras formas de luta que os sindicatos apontarem, durante o período de 31 de outubro a 11 de novembro.
A categoria também se prontificou em participar das atividades convocadas pela Frente Brasil Popular para, junto à outras categorias e segmentos sociais, tentar barrar o andamento das medidas antipopulares promovidas pelo governo de Michel Temer, como o Projeto de Emenda Constitucional 241/2016 (PEC 241). Tais mobilizações contam com o apoio de oito Centrais Sindicais e diversos movimentos sociais, tais como a UNE, MST, UBES e MTST.