Após cinco dias de paralisações, manifestações e protestos, iniciados na última segunda-feira, 1º, a greve dos trabalhadores da Petrobrás no Rio Grande do Norte chegou ao fim. O encerramento do movimento aconteceu nesta sexta-feira, 5, com a realização de dois atos simultâneos, nas sedes administrativas da companhia, em Natal e Mossoró.
No decorrer da jornada de lutas, petroleiros e petroleiras das bases operacionais do Canto do Amaro, Riacho da Forquilha, Lorena, Upanema, Alto do Rodrigues, UTE-JSP, Macau, Estreito, Guamaré e plataformas marítimas manifestaram-se contra a venda dos campos petrolíferos e a privatização da Petrobrás.
Em Mossoró, o ato desta sexta-feira, teve início às 5h00, em frente à Base-34, reunindo centenas de trabalhadores da Petrobrás e terceirizados. A Diretoria do SINDIPETRO-RN coordenou a manifestação, que teve apoio de centrais sindicais, diversos sindicatos e movimentos sociais.
Entre os presentes, destacaram-se: SINTRACOM, SECOM, SINDIMETAL, SINDISERPUM, ADUERN, Sindicato dos Correios, SINAI, SINDJUSTIÇA, Marcha Mundial das Mulheres, UJS, Grêmio Estudantil Valdemar dos Pássaros (IFRN), CTB, CUT, INTERSINDICAL e CSP-Conlutas.
Em Natal, a mobilização também começou cedo, a partir das 5h00, com trabalhadores portando faixas nas principais vias de acesso à sede administrativa da Petrobrás. Às 8h00, teve início um Ato Político que contou com a presença de representantes de entidades sindicais e populares e personalidades políticas.
Dentre os que se manifestaram, protestando contra o desmonte da Petrobrás, os ataques aos direitos trabalhistas e o governo golpista de Michel Temer, destacaram-se representantes da CTB, CSP-Conlutas, FUP, FNP, PT, PCdoB, PSOL, UJS e MST.
Balanço preliminar
Para o diretor de Secretaria Geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, os petroleiros e petroleiras norte-rio-grandenses estão de parabéns. Em um balanço preliminar, ele avalia a jornada de lutas como vitoriosa e afirma que o objetivo maior do movimento foi alcançado: “Pretendíamos aglutinar a categoria nas bases, alertando a sociedade civil e a chamada classe política para as consequências do desmantelamento da Petrobrás, e acredito que avançamos nesse sentido”.
Outro ponto destacado por Pedro Lúcio diz respeito ao futuro do movimento. Em sua avaliação, “as atividades realizadas durante a greve foram fundamentais para ampliar e fortalecer o combate ao retrocesso, dentro e fora da Petrobrás, com a venda dos campos petrolíferos e de outros ativos”. Por isso, em nome do Sindicato, o diretor agradece a participação de todos, expressando a convicção de que “a categoria fará um movimento ainda maior, em uma greve geral com a participação de outros segmentos, em defesa da Petrobrás e contra esse governo ilegítimo”.