Por ampla maioria, os petroleiros e petroleiras norte-rio-grandenses prosseguem aprovando a realização de um Dia Nacional de Luta, ainda neste mês de julho, e de uma Greve, com cinco dias de duração. A mobilização rechaça a decisão da Direção da Petrobrás de vender campos petrolíferos e outros ativos, buscando barrar o processo de desmonte da companhia.
As sessões deliberativas tiveram início na quarta-feira, 20, e se encerram nesta sexta-feira, 22, percorrendo todas as bases administrativas e operacionais da Petrobrás no Estado. No Rio Grande do Norte, a empresa tenciona desfazer-se de 38 concessões, nos Polos de Riacho da Forquilha (34) e Macau (04), englobando uma produção diária de cerca de 15 mil barris equivalentes (boed).
Até o final da manhã desta quinta-feira, 21, o SINDIPETRO-RN havia realizado sessões deliberativas em CNB (Macau), Riacho da Forquilha, Lorena, na unidade da Transpetro em Macaíba, S-7 (Alto do Rodrigues), Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira (UTE-JSP) e na Base-34 (Mossoró). Em relação à proposta de greve, o resultado parcial, aferido até às 12h00, reunindo 218 votantes, indicava 168 votos a favor (77%), 32 contra (14,7%) e 18 abstenções (8,3%).
Na Bahia, estado que também está sendo atingido com a decisão da Direção da Petrobrás, com 16 concessões de campos petrolíferos postas à venda, o sindicato já encerrou o processo de consulta. Nas bases da UO-BA, a proposta de realização da greve, que poderá ser deflagrada a qualquer momento, a partir de 29 de julho, obteve a adesão de 64% da categoria. Outros estados afetados pela decisão da Direção da Petrobrás são: Ceará, Sergipe-Alagoas e Espírito Santo.
Nesta sexta-feira, 22, finalizando a rodada de sessões deliberativas no Rio Grande do Norte, serão realizadas assembleias na base de Upanema, às 7h30, e na sede Natal, às 9h00.