Mais de uma semana após a mídia noticiar casos de irregularidades no Benefício Farmácia, constrangendo publicamente os trabalhadores do Sistema Petrobrás, a FUP ainda não teve acesso às documentações que comprovem a ocorrência de irregularidades na execução do programa.

Na última sexta-feira, dia 01 de julho, a Federação reuniu-se com a Global Saúde, na sede da entidade, no Rio de Janeiro, para buscar esclarecimentos sobre as fraudes que estão sendo objeto de investigação, bem como cópias das documentações que comprovam o mau uso do benefício. A empresa, no entanto, não atendeu à solicitação, alegando segredo de justiça, mas informou que todos os documentos já haviam sido encaminhados à Petrobrás.

No dia 27 de junho, a FUP já havia protocolado junto ao RH documento cobrando a criação de uma comissão paritária para apuração das irregularidades no Benefício Farmácia, mas a empresa não respondeu. Na mesma semana, no dia 29 de junho, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou à Petrobrás que rompa o contrato com a E-Pharma e realize licitação para escolha da nova operadora. O TCU também determinou que a empresa mantenha o benefício conforme assegura o Acordo Coletivo e pague os reembolsos pendentes dos medicamentos comprados diretamente pelos trabalhadores.

No próximo dia 26 de julho, quando está agendada reunião com a Petrobrás de acompanhamento do ACT, a FUP exigirá da empresa transparência em relação às investigações internas e os desdobramentos das medidas recomendadas pelo TCU. As irregularidades no Benefício Farmácia devem ser rigorosamente apuradas e punidas, mas não podem ser utilizadas para inviabilizar uma das maiores conquistas da categoria.

Fonte: FUP