A produção de petróleo e gás natural oriunda do pré-sal cresceu 15,2% em maio, na comparação com o mês anterior. O volume extraído no período foi, em média, de 1,146 milhões de barris equivalentes por dia (boe/d), superando os 995 mil de abril. A informação foi divulgada pela Agência Nacional de Petróleo – ANP, na última edição do Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural, divulgada em 5 de julho.
A produção total de petróleo e gás natural no Brasil, durante o mês de maio, alcançou 3,115 milhões de boe/d, representando um aumento de 8,6% em relação ao mês anterior. O volume foi extraído de 8.920 poços, sendo 770 marítimos e 8.150 terrestres, em 80 concessões marítimas e 219 onshore. Os campos operados pela Petrobrás produziram 94% do total de petróleo e gás natural extraídos.
Contradição
O desempenho obtido pela Petrobrás no pré-sal contraria flagrantemente as teses dos que pretendem flexibilizar a Lei de Partilha. Os que defendem essa mudança na legislação argumentam que a estatal estaria “sufocada” com a obrigação de investir na exploração do pré-sal.
Nas próximas semanas, um projeto já aprovado pelo Senado, de autoria do atual ministro interino das Relações Exteriores, José Serra, deverá entrar em votação na Câmara Federal. Sob a alegação do “sufoco”, a proposta retira da Petrobrás a condição de operadora única dos campos de pré-sal, abrindo a exploração dessa imensa jazida às petrolíferas estrangeiras.
Caso o projeto seja aprovado, dois grandes golpes à soberania do país serão consumados: o ritmo de exploração do pré-sal deixará de ser ditado pelo interesse nacional, podendo retroceder a uma lógica meramente predatória; e informações estratégicas sobre as jazidas e custos de exploração escaparão ao controle do Estado, impedindo-o de reclamar uma remuneração minimamente justa.
Veja aqui a matéria publicada pela ANP.