Resistir ao governo golpista instalado no país e avançar na organização sindical das mulheres. Estes foram os dois principais eixos das discussões realizadas no Encontro Nacional de Mulheres Petroleiras. Sob o tema “Mulheres, protagonistas da história”, a quarta edição do evento foi sediada pelo SINDIPETRO-NF, na cidade de Macaé (RJ), no período de 20 a 22 de maio.
Para a tesoureira do SINDIPETRO-RN, Fátima Viana, o Encontro consolida o esforço pela construção de uma Secretaria de Mulheres na Federação Única dos Petroleiros – FUP e pelo estabelecimento de uma cota que garanta participação mínima obrigatória de gênero na Direção Colegiada da entidade. Ao lado de Claudete Roseno e de Cristiane Reis, a dirigente sindical integrou a delegação que representou as petroleiras norte-rio-grandenses no evento.
Resistência – Além de debater temas e reivindicações específicas, que serão encaminhadas à VI Plenária Nacional da FUP, agendada para o período de 6 a 10 de julho, em Campos dos Goytacazes (RJ), as petroleiras participantes do IV Encontro analisaram a conjuntura política nacional e concluíram que a interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff é um golpe, fazendo-se necessário restabelecer as bases do regime democrático.
Para Fátima Viana, a crise política e econômica atual difere das de 1954 e 1964 porque a atual presidente diz que vai reagir e que quer lutar. O golpe não foi apoiado por nenhum governo estrangeiro e a figura de Dilma é um grande incentivo. Esse cenário, segundo Fátima, dá aos trabalhadores e trabalhadoras a possibilidade de reação.
“Os movimentos sociais têm que expor e debater essa situação com cada cidadão e cidadã, ajudando-os a organizar a resistência. Defender a democracia, os direitos sociais e trabalhistas e a retomada do desenvolvimento nacional é o caminho a seguir. Se houve erros, temos que corrigi-los!” – defende Fátima.