Nesta terça-feira, 8 de março, com o tema “Nenhum direito a menos: mulheres contra o retrocesso”, a Marcha Mundial das Mulheres, em parceria com sindicatos e movimentos sociais, realizou um ato público, no centro de Mossoró. A concentração teve início às 7h00, na Praça do Pax. A Diretoria do SINDIPETRO–RN e a Direção da Executiva estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB apoiam o movimento.
Para o diretor do SINDIPETRO–RN, Pedro Idalino, a participação é importante, pois faz parte da natureza do sindicato estimular as entidades classistas, bem como a proteção dos direitos e conquistas das mulheres. “Nosso papel, como entidade sindical, é também apoiar os movimentos sociais em sua pluralidade, além de reconhecer a luta e os direitos das mulheres, salientando nosso acompanhamento diário com as mulheres petroleiras, pelo esforço e dedicação como trabalhadoras, mães, estudantes e companheiras”, explica o Diretor.
De acordo com Lidiane Samara, representante da organização “Batucada Feminista”, neste momento de resistência e pressão pelas mudanças necessárias, o conservadorismo não se restringe à economia. “Não é coincidência que os que hoje lideram os ataques aos direitos do povo são os mesmos que têm se empenhado contra a autonomia das mulheres”. Ela também afirma que “auto-organizar as mulheres e ocupar as ruas é uma forma de visibilizar as nossas pautas e dizer que o 8 de março é uma data de luta das mulheres”.
Agenda
Este ano, as mulheres da Marcha alertam sobre a agenda conservadora e os retrocessos de direitos. “As políticas de ajuste e corte de investimento nas políticas sociais são falsas soluções para os problemas graves que estamos enfrentando. Reunimos mulheres do campo e da cidade na luta contra o retrocesso de direitos que recaem sobre a classe trabalhadora, de um modo geral, e especialmente sobre nós, mulheres, quando, em busca por sustentabilidade, nos redobramos em trabalhos precarizados, somados ao trabalho doméstico e dos cuidados”, diz Adriana Vieira, representante da Marcha em Mossoró.
Gritando FORA CUNHA, pela democracia e contra o retrocesso, as mulheres marcharão pela superação da divisão sexual do trabalho, o fim da violência contra as mulheres e por um mundo em que elas tenham autonomia e relações de liberdade que só podem se concretizar, para todas as mulheres, com a igualdade.