Iniciada no último domingo, 1º/11, com a paralisação de diversas unidades operacionais em terra e mar, a greve nacional dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema Petrobrás chegou com força, nesta terça-feira, 3/11, às unidades administrativas da companhia. No Rio Grande do Norte, a adesão ao movimento foi ratificada em assembleias massivas, realizadas nas sedes de Natal, Mossoró (Base-34) e Alto do Rodrigues (S-7).

Nas áreas de campo, seguindo a tendência dos dois primeiros dias, a greve também se alastrou. No Canto do Amaro, um dos maiores campos terrestres de produção do país, foram paralisadas a Manutenção e Inspeção, Construção e Montagem e os Serviços Gerais. Os operadores aprovaram a adesão à greve e, após entregarem a Estação Central aos supervisores, decidiram seguir para a sede administrativa da Petrobrás, em Mossoró (Base-34), para se unirem aos demais trabalhadores.

Nos dois primeiros dias, o movimento paredista dos petroleiros norte-rio-grandenses atingiu a Refinaria Clara Camarão e a Unidade de Processamento de Gás Natural, no Polo Industrial de Guamaré; todas as plataformas marítimas e a Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira, em Assú. Em todas essas unidades houve desembarque de trabalhadores, já que a Petrobrás não concordou com a permanência de grevistas nas instalações.

Para tentar manter os níveis de produção, a companhia vem substituindo os trabalhadores por equipes de contingência formadas por supervisores e fura-greves, que, em geral, são despreparadas e em número insuficiente para atender o conjunto de demandas.   

A greve nacional dos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás prossegue por tempo indeterminado até que a direção da Petrobrás concorde em negociar a “Pauta pelo Brasil”. O documento reúne reivindicações relacionadas a investimentos, venda de ativos, reposição de efetivos, interrupção de obras e cancelamento de projetos, além rechaçar qualquer proposição que signifique perda ou diminuição de direitos econômicos e sociais conquistados pela categoria nos últimos anos.