De forma consciente e massiva. Foi assim que os trabalhadores e trabalhadoras lotados nas bases operacionais da Petrobrás no Rio Grande do Norte se incorporaram à greve nacional por tempo indeterminado, aprovada em todos os sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros – FUP, e deflagrada neste neste domingo, 1º/11.

O movimento repudia o Plano de Negócios e Gestão 2015/19 da companhia, no que tange ao corte de investimentos, à diminuição de gastos operacionais e à venda de ativos, especialmente, dos campos terrestres de produção, além de rechaçar os ataques e as restrições aos direitos trabalhistas consagrados nos últimos Acordos Coletivos.

No Polo Industrial de Guamaré, que recebe e processa mais de 90 % do petróleo e gás do RN, os diretores do SINDIPETRO-RN ainda tentaram negociar a manutenção da produção em níveis mínimos, conforme determina a legislação, mas os dirigentes locais da Petrobrás declararam-se sem autonomia.

Diante do impasse, e uma vez que a empresa já havia se recusado a participar de reunião nacional para negociar patamares de produção e efetivos mínimos, os trabalhadores decidiram, em assembleia, desembarcar da unidade, entregando as instalações aos cuidados e responsabilidade da direção da empresa.

Em Guamaré, no momento, a unidade de processamento de gás natural opera com carga mínima e estão paralisadas a estação de injeção de água e a unidade de produção de querosene de aviação (QAv). Nas plataformas marítimas, às 19h00, a produção foi reduzida a 50%. Já, na Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira (UTE-JSP), todos os trabalhadores desembarcaram, permanecendo na unidade apenas os supervisores.