Já que a Petrobras está muda e não divulga nada, o Tijolaço informa:
O Cidade de Saquarema – fotografado aí, na costa da China, por Mark Bromwich, da Marine Traffic, alguns dias atrás – atravessou o Estreito de Sunda (o nome é este mesmo e fica entre as ilhas de Java e Sumatra, na Indonésia) e ganhou o mar aberto no Oceano Índico, para contornar a costa da África do Sul e rumar para o Rio de Janeiro, com chegada prevista para o dia 5 de novembro.
É praticamente igual ao Cidade de Maricá, que está atracado juntinho a Ponte Rio-Niterói, realizando o comissionamento (ligação e testes) dos módulos de convés, produzidos no Brasil. E vai para o Campo de Lula, o mais produtivo, até agora, do pré-sal brasileiro, com média de mais de 30 mil barris/dia em cada poço. O Cidade de Saquarema tem capacidade para processar 150 mil barris diários e 6 milhões de metros cúbicos de gás.
Uma boa notícia em meio à apreensão do setor naval brasileiro e do Rio de Janeiro, especialmente, que, com a suspensão de pagamentos da Petrobras já contabiliza atrasos de meses na conclusão da P-74 e da P-75 – paradas do outro lado da baía da Guanabara, no Estaleiro Inhaúma – ambas de tamanho maior (180 mil barris diários de processamento) e destinadas ao campo de Búzios (ex-Franco), uma área igual ou maior que o megacampo de Libra.
Neste, a Petrobras vai iniciar a perfuração de mais dois poços até o final do ano, de acordo com o que disse o diretor da Petróleo do Pré Sal, que administra o consórcio da estatal com a Shell, Total e as chinesas CNPC e CNOOC. Oswaldo Pedrosa informou que já está em fase de consultas o edital para a construção do primeiro navio-plataforma da dezena de embarcações que operarão no campo, a partir do final de 2018 ou início de 2019.
A velocidade dos projetos petrolíferos, se sabe, quase sempre é determinada pelo marcado “spot” de óleo em Roterdã, na Holanda.
Fonte: http://tijolaco.com.br