A Diretoria Colegiada do SINDIPETRO-RN conclama os trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás, lotados na sede administrativa da Companhia, em Natal, a comparecerem à assembleia geral, nesta sexta-feira, 11, a partir das 8h30. A sessão deliberativa objetiva discutir encaminhamentos referentes à Campanha Reivindicatória 2015/17, com ênfase para a proposta de deflagração de greve geral, por tempo indeterminado, a ser iniciada em data ulteriormente determinada pela FUP.
A assembleia da sede Natal culmina uma rodada de debates que envolveu trabalhadores e trabalhadoras de todas as principais bases da Petrobrás no RN. Até, às 10h30 desta quinta-feira, 10, era este o quadro percentual geral da votação da proposta de greve:
Contra: 2,4%
Abstenção: 11,6%
A favor: 86,0%
Segregação imposta pela Petrobrás contraria a Pauta dos petroleiros
Diante da insistência da Petrobrás em impor à categoria um processo de negociação segmentado por subsidiária, a FUP não participará da reunião convocada para esta quinta-feira (10). Há mais de dois meses, os petroleiros aguardam uma resposta à Pauta aprovada na 5ª Plenafup e defendida na greve do dia 24 de julho.
A luta dos trabalhadores é para preservar a Petrobrás como empresa integrada de energia. Fatiar o processo de negociação, portanto, vai na direção contrária do que cobram os petroleiros. A FUP e seus sindicatos não endossarão um modelo de negociação que tem por base a segregação da categoria, abrindo caminho para a diferenciação de direitos.
A Federação estará reunida na sexta-feira (11) para deliberar sobre os próximos passos dos petroleiros na construção da greve nacional.
Afronta à categoria
Somente nesta quarta-feira (09), a Petrobrás enviou documento à FUP, agendando para o dia seguinte a apresentação de sua contraproposta, oficializando, assim, o que já havia informado aos trabalhadores no último dia 03, em comunicado interno. A Federação questionou se as subsidiárias participarão da reunião e a empresa informou que será mantido o novo modelo de negociação anunciado na semana passada, o qual foi veementemente repudiado pela FUP e por seus sindicatos.
Além de segregar o processo de negociação por empresa, a Petrobrás impôs uma comissão de negociação composta por três representantes das áreas de negócios, onde o RH terá o papel secundário de assessorar as reuniões. Para a FUP, esse modelo tem o objetivo claro de enfraquecer a organização sindical, aplicando na mesa de negociação a mesma tentativa de desmantelamento do Sistema Petrobrás que está previsto no Plano de Gestão e Negócios.
A luta dos petroleiros é justamente para manter a Petrobrás como empresa integrada de energia, preservando empregos e direitos de todos os trabalhadores do Sistema. A FUP, portanto, continuará resistindo a qualquer tentativa desmonte da empresa ou de diferenciação entre os seus trabalhadores.
Fonte: FUP
> Veja, logo abaixo (em “Arquivos Anexados”), as correspondências trocadas entre a Petrobrás e a FUP: