Com vários anos de atraso, a Petrobrás, finalmente, realizara seu primeiro Fórum de Efetivos com a FUP seus sindicatos, conforme determina a Cláusula 96 do Acordo Coletivo. O debate acontece nesta sexta-feira, 14, ao longo de todo o dia, no Rio de Janeiro. A Diretora de Imprensa, Fátima Viana, estará representando o SINDIPETRO-RN, nesta oportunidade, em que a empresa se posicionará sobre o PIDV, o Mobiliza e o Plafort, além de discutir com o movimento sindical conceitos e propostas de efetivos.

Há anos, a FUP vem tentando construir com a Petrobrás uma metodologia conjunta de recomposição de efetivos, que atenda às necessidades apontadas pelos trabalhadores em diferentes unidades da empresa. Os gestores, no entanto, sempre tiveram uma postura autoritária e arrogante neste processo, emperrando mudanças significativas nos estudos de efetivos.

Para piorar, nos últimos anos a Petrobrás implantou sem qualquer debate com o movimento sindical programas de reestruturação de efetivos que têm impactado as condições de trabalho e segurança, aumentando consideravelmente os riscos de acidentes. Nos últimos quatro anos, nossos sindicatos já registraram 49 mortes de trabalhadores em consequência desta política de insegurança.

Em carta enviada à presidenta Dilma Rousseff, em agosto deste ano, a FUP já havia alertado para a necessidade de mudanças estruturais na Petrobrás. “Para defender a maior empresa do Brasil, defendemos antes de tudo a vida dos petroleiros e das petroleiras, exigindo condições seguras de trabalho em todo o setor petróleo. Intensificaremos a luta contra a precarização provocada pela terceirização e em defesa da recomposição dos efetivos próprios do Sistema Petrobras”, apontou a FUP no documento.

Até hoje não tivemos sequer a recomposição das vagas deixadas pelos 8.298 petroleiros que aderiram ao PIDV. É sempre bom lembrarmos que o último programa de saída em massa de trabalhadores da empresa foi iniciado em 1999 e terminou em 2001, quando vivemos uma das piores tragédias na Petrobrás, que foi o afundamento da P-36, onde perdemos 11 companheiros. Se os gestores da empresa continuarem fugindo de suas responsabilidades com a recomposição estrutural dos efetivos, corremos seriamente o risco de outro grande acidente na Petrobrás. Vide as diversas ocorrências nas refinarias e plataformas.

 

Da FUP, com tírulos da Redação