No Rio Grande do Norte, as manifestações do 13A (13 de agosto), contra os cortes de verba na Educação e a Reforma da Previdência, levaram milhares de estudantes e trabalhadores às ruas, estendendo-se por diversas cidades do Estado.

Em Mossoró, o ato teve início às 7h, em frente à guarita do campus leste da UFERSA e contou com a participação de representações da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da União Estadual de Estudantes (UEE-RN).

Lideranças de dezenas de sindicatos estiveram presentes na atividade: ADUERN, ADUFERSA, SINASEFE, SINTEST, SINDIPREVS, SECOM, SINDISERPUM e SINDIPETRO-RN. As Centrais Sindicais CUT, CTB e CSP-Conlutas também participaram.

De acordo com o dirigente da UBES, Alessandro Crisóstomo, o protesto busca mobilizar as bases educacionais contra os cortes de verba na educação pública, em defesa da autonomia universitária, e contra o projeto FUTURE-SE do MEC, que pretende terceirizar o financiamento da educação pública, entregando-a ao mercado.

“Nosso objetivo é reunir o máximo de estudantes das redes pública e privada para lutarmos contra os retrocessos do Governo na Educação”, explica Alessandro.

Desde o início do ano, universidades e institutos federais tiveram contingenciados quase R$ 6 bilhões, fazendo com que o funcionamento de alguns campi universitários esteja ameaçado, com previsão de suspensão de atividades, já a partir de outubro.

Natal

Em Natal, a manifestação do 13A foi realizada no período da tarde, com concentração em frente ao campus central do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRN, no bairro de Lagoa Seca.

No final da tarde, os cerca de cerca de 10 mil participantes, entre estudantes e trabalhadores de diversas categorias profissionais, deslocaram-se em uma grande passeata até a Praça da Árvore, no bairro de Mirassol.

Para o diretor da Secretaria Geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, não há outro caminho que não seja a união dos estudantes com a classe trabalhadora para defender a educação e a soberania nacional. “Estamos vivendo um período de fortes ataques aos direitos básicos garantidos na Constituição, e a educação tem papel fundamental no processo de formação e emancipação da população. Não podemos permitir retrocessos”, enfatizou o dirigente.