A Federação Única dos Petroleiros (FUP) recebeu com indignação a declaração do presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, em coletiva à imprensa nesta segunda-feira, 27, segundo a qual a empresa avalia internamente um novo reajuste nos preços dos combustíveis.
“O que a gestão da Petrobrás pretende fazer com a população brasileira, que sofre com a inflação galopante, de 10,05% em doze meses, puxada pela alta constante dos combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica, fruto da atual política de preços da adotada pela empresa? O objetivo é penalizá-la ainda mais?” indagou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, ressaltando o cenário de deterioração da renda do trabalhador.
“Enquanto a atual política de Preço de Paridade de Importação (PPI) não mudar, os preços dos combustíveis continuarão a subir e a inflação a explodir. O PPI, usado para reajustes, se baseia nas cotações internacionais do petróleo, na variação do dólar e nos custos de importação, sem levar em conta que o Brasil produz internamente cerca de 90% do petróleo que consome”, acrescentou Bacelar.
Ainda assim, Silva e Luna insiste em dizer que não há possibilidade de mudança na atual política de preços e mais, “o general continua a mentir ao reafirmar que apenas R$ 2 do valor total pago pelo litro de gasolina ficam com a Petrobrás, como se ele não tivesse responsabilidade sobre preço final do produto”.
[Da assessoria de imprensa da FUP]