Os beneficiários da AMS não reconhecem uma associação criada em meio a denúncias de corrupção e à revelia dos trabalhadores, com o objetivo de privatizar o plano de saúde da categoria petroleira

[Da imprensa da FUP | Arte: Sindipetro PR e SC]

Com participação pífia dos empregados da Petrobras e votos que não representam sequer 1% dos beneficiários da AMS, a eleição viciada para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da ilegítima Associação Petrobrás Saúde (APS) foi um fiasco. Os petroleiros da ativa e aposentados deram o recado: não reconhecem uma associação criada em meio a denúncias de corrupção e à revelia dos trabalhadores.

Como a FUP e seus sindicatos alertaram, a eleição foi um jogo de cartas marcadas, cujo objetivo era tentar legitimar uma associação que não tem qualquer respaldo dos beneficiários da AMS.

Apenas uma chapa se inscreveu na eleição do Conselho Fiscal da APS e três chapas disputaram o Conselho Deliberativo. Todas vinculadas à gestão da Petrobras. Entre os gerentes eleitos, há, inclusive um que participava das mesas de negociação da AMS, defendendo e referendando os ataques da Petrobrás contra o benefício da categoria.

A eleição está sendo contestada na Justiça pelas principais representações dos trabalhadores do Sistema Petrobrás (FUP, FNP e SINDMAR), que ingressaram com Ação Civil Pública, cobrando a anulação do pleito. As entidades, que juntas representam um universo de aproximadamente 280 mil beneficiários da AMS, entre titulares e dependentes, questionam a legitimidade da eleição, que foi imposta sem transparência e de forma flagrantemente ilícita, contrariando o próprio estatuto da APS, que também é repleto de irregularidades.

A Ação coloca sob suspeita o regulamento e a comissão eleitorais e denuncia, entre outros absurdos, a manipulação e alteração do calendário eleitoral.

A FUP e seus sindicatos continuarão lutando na Justiça contra a APS, criada ao arrepio da lei, à revelia dos trabalhadores, através de um processo suspeito que foi conduzido pelo ex-gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobrás, Claudio Costa, demitido por ter feito uso de informações privilegiadas para se beneficiar financeiramente em uma operação milionária de venda de ações da companhia.

No programa Seguridade e Cidadania desta quinta-feira, 02, o diretor da FUP, Paulo César Martin, conversou com o advogado Celson Ricardo Carvalho de Oliveira, responsável pela ACP que contesta a eleição da APS. Veja a íntegra: