As centrais sindicais (CTB, CUT, CGTB, Força Sindical, Intersindical, UGT, Nova Central), mais uma vez, estarão nas ruas no Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Educação e contra Reforma da Previdência, no dia 30 de maio.
A decisão de participar da construção, organização e realização da segunda mobilização que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) vai enfrentar rumo à greve geral do dia 14 de junho foi tomada em reunião das centrais sindicais realizada nesta segunda-feira (20), na sede do Dieese, em São Paulo.
A categoria petroleira também estará presente nas ruas no dia 30 de maio com o movimento estudantil, trabalhadores da educação e demais categorias profissionais. Os cortes na educação e a reforma da Previdência afetam a vida de todos os brasileiros e brasileiras, e ainda mostra como o Governo Federal vem pautando ações que só privilegiam a classe empresarial.
Como foi a decisão de convocar o dia 30
Depois da Greve Nacional da Educação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) no dia 15 de maio, que mobilizou milhões de pessoas em todo país, e ficou marcada nas redes como hashtag #TsunamiDaEducação, a UNE achou importante convocar outra mobilização antes da greve geral do dia 14 de junho, com objetivo de ganhar ainda mais apoio da população contra a reforma da Previdência e em defesa da educação.
A presidenta da UNE, Marianna Dias, disse que dois importantes pontos fizeram com que os estudantes aderissem em massa à luta dos trabalhadores e das trabalhadoras neste país no dia 15 de maio e que os mesmos pontos mobilizaram os estudantes a continuar nas ruas.
“O anúncio do ministro da educação em cortar verbas para as universidades públicas, e da educação como um todo, e a ameaça dele dizendo que se a reforma da Previdência passar o corte das verbas da educação poderia ser revogado foram os grandes ‘incendiadores’ para que o dia 15 de maio tivesse essa explosão em todo país e são os mesmos motivos para chamarmos o dia 30”, disse Marianna.
Segundo ela, os estudantes estão preocupados e ansiosos com a vida acadêmica. O sentimento é de que o movimento não pode sair das ruas e que esperar o dia 14 de junho seria longe demais.
“Eram quase 30 dias de distância e a convocação para o dia 30 foi com intuito de manter aquecida a energia das ruas para realizar a maior greve geral da história no próximo dia 14”, explicou a presidenta da UNE.
Abaixo-Assinado contra reforma da Previdência
Os representantes dos movimentos sociais destacaram a importância do abaixo-assinado contra a reforma da Previdência como mobilizador e uma ferramenta de comunicação importante.
A coleta de assinaturas para o abaixo-assinado das centrais está sendo intensificada porque a ferramenta serve de “ponte” no diálogo com com a população, no que diz respeito ao retorno em assinaturas, e também serve para trazer mais gente para a greve geral do dia 14.
Entre os dias 27 a 31 de maio acontecerá a semana Nacional de Coleta de Assinaturas do Abaixo-Assinado das Centrais contra a reforma da Previdência, que será entregue ao Congresso Nacional em junho.
A reforma de Bolsonaro
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e institui a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, além de aumentar o tempo de contribuição mínimo de 15 par5a 20 anos e alterar as regras especiais de trabalhadores e trabalhadoras rurais e professores.
Greve Geral
As centrais sindicais estão mobilizando toda sociedade para construir a maior greve geral da história do país.
Em São Paulo, o setor de transporte já divulgou que irá aderir ao dia 14 de junho. Outras conversas irão acontecer até o dia da greve geral para que todos os outros setores da sociedade também cruzem os braços. Nos próximos dias terão plenárias em todos os estados e também regionais para organizar a greve geral do dia 14.
Além do setor de transportes, as centrais também já têm reunião marcada com o Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), que apoiam a luta contra reforma da Previdência e vão conversar para uma possível adesão ao dia da greve geral.
A agenda de luta das centrais inclui uma conversa como relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), nesta terça-feira (21) em Brasília. Além, do dia a dia nos corredores do Congresso Nacional para conversar com os deputados e convencê-los a votar não para este projeto que acaba com a aposentadoria de milhares de brasileiros e de brasileiras.
Com informações da FUP