Trabalhadores de diversas categorias e representantes sindicais do Estado do Rio Grande do Norte foram às ruas neste 1º de Maio para dizer não à tentativa do governo Bolsonaro de acabar com a Previdência no Brasil.

Dirigentes das 10 centrais que organizaram atividades em Natal e Mossoró destacaram a unidade para enfrentar a tentativa de “destruição” do sistema público de aposentadorias, desconstitucionalizar direitos e entregar a previdência para o mercado, e chamaram a sociedade potiguar para a construção de uma nova Greve Geral, em 14 de junho, para novamente derrotar as mudanças pretendidas, como foi em 2017, durante o governo Temer.

O projeto do governo anseia aumentar a idade mínima de aposentadoria para 62 anos para mulheres e 65 anos, para homens, além de criar um sistema de capitalização privada para a população financiar a própria aposentadoria. A proposta inclui ainda um tempo mínimo de contribuição de 20 anos ao INSS. 

Os sindicalistas reafirmaram que a proposta do governo afeta a todos os trabalhadores –, os que já entraram no mercado de trabalho, os que já estão aposentados e os que ainda nem começaram a trabalhar –, e que não vão aceitar a retirada de direitos.

A saída, para as centrais, é mobilizar a sociedade contra a campanha de desinformação do governo e da mídia, que quer jogar servidores públicos contra os trabalhadores da iniciativa privada, com o suposto argumento de que a “nova previdência” vem para combater privilégios.

“O que esse governo quer fazer, mas nós não vamos deixar, é acabar com a Previdência no Brasil”, afirmou o presidente da CTB/RN, Wellington Duarte, que destacou que a dita “reforma” não altera apenas as regras de acesso às aposentadorias, mas fragiliza também as bases de todo o sistema da Assistência Social, responsável pelo pagamento de direitos como auxílio-saúde e pensão por invalidez, entre outros.

Ele também frisou que, ao restringir o acesso às aposentadorias, o governo Bolsonaro fragiliza a economia da maioria esmagadora dos municípios com menos de 100 mil habitantes em todo o país, que depende da renda dos aposentados.

Como parte da agenda de mobilização contra a nova Previdência proposta, as centrais aprovaram também a realização de um dia nacional de luta, em 15 de maio. Nessa data, começa a paralisação nacional dos trabalhadores na educação.

 

Fonte: Adurn-Sindicato