O último painel com debate aberto do 18º Congresso Nacional da FUP discutirá novas masculinidades e também os efeitos nocivos da masculinidade tóxica. O mediador será o diretor da FUP, Tadeu Porto, que receberá a drag queen Ruth Venceremos, do Distrito Drag e do coletivo LGBT Sem Terra, o advogado Gustavo Seraphin, do “Fio da Conversa”, e o petroleiro aposentado, Hermes Rangel, que participa do projeto “E agora José?”.
“Na atualidade, discutir masculinidades é um exercício importante e necessário. Devemos pensar o que são os papéis de gênero, o que sé ser homem nesta sociedade, qual o papel dos homens na superação das relações patriarcais de gênero, o que são as novas masculinidades”, destaca a drag queen.
O projeto “E agora José?” é um grupo socioeducativo de responsabilização e reabilitação de homens agressores, que atua em consonância com a Lei Maria da Penha. “O grupo existe desde 2014 e já atendeu mais de 300 homens que chegam, encaminhados pela justiça. Ao longo desse tempo, nenhum dos agressores que atendemos retornou ao grupo, o que nos faz acreditar que eles estejam repensando suas masculinidades”, explica Hermes Rangel, que é um dos facilitadores do grupo.
O Fio de Conversa reúne homens em encontros de aprendizagem de tricô e conversas sobre masculinidades. “Esse olhar restrito e estereotipado para as masculinidades são totalmente prejudiciais, tanto para as mulheres, como para os homens homossexuais, toda a comunidade LGBTQI+, mas também são prejudiciais para os homens que acabam tendo que se encaixar dentro desses estereótipos. É um modelo de dominação para os homens cis heterossexuais, mas também uma armadilha, porque aprisiona uma grande parte dos homens dentro de uma caixa de padrões pré-definidos e impossibilita uma diversidade maior das possibilidades de exercer suas masculinidades e, principalmente, de ser humano”, afirma Gustavo, um dos idealizadores do projeto.
Serviço:
Painel “Masculinidades”:
Quando: sexta, 17, às 17h
Ao vivo pelo Youtube e Facebook:
[Da imprensa da FUP, com rádio NF]