O Grupo de Estudos Estratégicos e Propostas para o Setor de Óleo e Gás – Geep/FUP, formado por professores e economistas que vêm assessorando a FUP, fez uma apresentação à Petrobrás sobre os rumos que os trabalhadores querem para a gestão da empresa. O trabalho intitulado “ESTADO, PETROBRÁS E SETOR DE PETRÓLEO E GÁS NO BRASIL: diretrizes para reconstrução da soberania nacional”, foi apresentado na tarde de terça-feira, 19, no Rio de Janeiro.

Durante a exposição, o Geep/FUP ressaltou a importância da Petrobrás ter sido gerida nos anos 2.000 com foco no Estado brasileiro. Com isso, a empresa expandiu sua participação para vários segmentos, bem como acelerou sua política de investimentos, com atuações preponderantes no fortalecimento da engenharia e da geologia, culminando com a descoberta do Pré-sal, que é hoje o principal ativo da companhia.

Na ocasião, a falácia de que a situação financeira da empresa é fruto da corrupção também foi desmistificada pelos técnicos do Geep/FUP. Segundo a assessoria, “as dificuldades financeiras e o endividamento não têm relação com a corrupção, mas sim com os impairments e com as condições macroeconômicas”. Os técnicos ressaltam ainda que a fragmentação da Petrobrás, por exemplo, tem forte relação com os interesses internacionais e financeiros do mercado.

O Geep/FUP critica o atual modelo de gestão da Petrobrás, desmistificando a falácia de que a situação da empresa é fruto da corrupção. “As dificuldades financeiras e o endividamento não têm relação com a corrupção, mas sim com os impairments e com as condições macroeconômicas”, destaca o economista Eduardo Pinto. Ele ressalta que a fragmentação da Petrobrás, por exemplo, tem forte relação com os interesses internacionais e financeiros do mercado.

Para o coordenador Geral da FUP, José Maria Rangel, a discussão do papel da Petrobrás no centro, como um pêndulo entre o Estado e o Mercado, é fundamental para a empresa. “Se a Petrobrás lá atrás tivesse sido administrada com esse olhar que os gestores têm hoje fixado somente nos interesses do mercado, nós teríamos descoberto o Pré-sal? Teríamos investido o que foi investido para que descobríssemos essas reservas fabulosas? Essa discussão é central”, defendeu o coordenador. 

O Geep/FUP concluiu sua exposição alertando para os impactos que as atuais escolhas dos gestores terão para o futuro da empresa e do Brasil, considerando a importância da Companhia para o povo brasileiro.                       

Com informações do Radar FUP