Depois de acertar uma nova sistemática de venda de ativos com o Tribunal de Contas da União (TCU), a Petrobras vai acelerar sua política de desinvestimento. Como lembra o economista Paulo Kliass, em bom português, “venda de ativos” de uma empresa como a petroleira do Brasil significa “privatização”.

De acordo com texto do Valor Econômico, assinado por Cristiano Romero, a meta para o biênio 2017/18 é se desfazer de ativos no total de US$ 21 bilhões (cerca de R$ 68 bilhões). Não está incluída nessa conta a provável venda, ainda no primeiro semestre, da participação da estatal na petroquímica Braskem.

“Da meta fixada para o biênio atual, US$ 6,3 bilhões já foram obtidos com a venda à alemã Eneva, em novembro, do campo de Azulão (por US$ 54,5 milhões), no Amazonas; a abertura de capital, em dezembro, da BR Distribuidora (US$ 1,5 bilhão); a venda à norueguesa Statoil de 25% do campo de Roncador (US$ 2,35 bilhões), na Bacia de Campos; e a venda à francesa Total, no mês passado, dos campos de Lapa e Iara (US$ 1,95 bilhão, além de US$ 400 milhões de uma linha de crédito), na Bacia de Santos”, diz o texto.

A política de desinvestimento desde 2015 fez a empresa se desfazer de US$ 20 bilhões (R$ 64 bilhões, em valores de ontem) em ativos, com a justificativa de reduzir o endividamento. Economistas, engenheiros e petroleiros, contudo, criticam a estratégia da atual direção, afirmando que ela está aniquilando a petroleira, enquanto empresa integrada, que cuida “do poço ao posto”. 

 Do Portal Vermelho, com Valor