Reajustes em salários e benefícios abaixo dos índices de inflação. Estes são alguns dos motivos que têm levado os trabalhadores e trabalhadoras das bases da Elfe a rejeitarem a contraproposta da empresa de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT para o período 2017/2018. As assembleias estão acontecendo nas bases administrativas e operacionais sediadas em Areia Branca, Alto do Rodrigues, Fazenda Belém(CE), Guamaré e Mossoró.

Na assembleia realizada nesta quarta-feira, 19, os trabalhadores da Base 34, em Mossoró, rejeitaram a contraproposta por unanimidade. Segundo um trabalhador que não quis se identificar, a oferta ainda não contempla o desejado pela categoria. “Esperamos que o acordo traga, no mínimo, ganho real nos salários e nos benefícios”, destaca o funcionário.

O Diretor do SINDIPETRO-RN, Pedro Idalino, informa que uma das propostas da categoria é que o auxílio-alimentação seja ampliado para todos, sem distinção por faixa salarial. É que além de oferecer um valor considerado insuficiente, a empresa só se dispõe a conceder o benefício, de imediato, para os que recebem salários de até R$ 1.300. O demais, segundo Pedro Idalino, “só a partir de janeiros de 2018”.

A contraproposta da Elfe continuará sendo discutida e submetida à votação até o próximo dia 26 de julho, nas bases de Areia Branca, Lorena, Polo e Porto de Guamaré, Riacho da Forquilha e sondas.

Pesquisa

Ainda durante a assembleia na Base 34, a direção do SINDIPETRO-RN concedeu espaço para a aplicação de uma pesquisa promovida pela Faculdade de Enfermagem – FAEM da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN – sobre as condições de trabalho no setor de petróleo e gás.

O levantamento visa subsidiar estudo intitulado: “Monetização da saúde do trabalhador: uma reflexão sobre a realidade dos trabalhadores do setor petrolífero”. O público alvo é integrado por profissionais que estejam em vias de aposentadoria ou já estejam aposentados, ou, ainda, que tenham no mínimo 20 anos de experiência no setor e que trabalhem em local insalubre.