Em reunião realizada na terça-feira, 22 de fevereiro, o Conselho de Administração da Petrobrás aprovou a autorização da assinatura da venda do Polo Norte Capixaba. Eu, mais uma vez, votei contra. Esse polo é um ativo lucrativo, resiliente aos preços do petróleo e que, nas mãos da Petrobrás, tem desenvolvido um importante papel no estado do Espírito Santo.
O Polo Norte Capixaba é composto por quatros campos terrestres, com instalações integradas: Cancã, Fazenda Alegre, Fazenda São Rafael e Fazenda Santa Luzia. A Petrobrás é operadora única, com 100% de participação. Em 2021, a produção média desses campos foi de, aproximadamente, 6,5 mil barris de óleo por dia (bpd) e 53,3 mil m3/dia de gás natural.
A privatização dos ativos da Petrobrás tem gerado graves prejuízos ao nosso país e, recentemente, o Espírito Santo foi vítima desses efeitos nefastos. Um acidente ambiental evitável, cuja empresa responsável demonstrou total descaso e despreparo para as medidas de enfrentamento e remediação.
A venda de mais esse polo atende a um “plano estratégico” que desverticaliza e desintegra a companhia, negando as bases de sua criação, sua missão para com o país e seu brilhante passado. Um “plano estratégico”, cuja visão mira apenas na maximização do retorno e dos lucros, com redução insana dos custos e privatizações indefensáveis.
Uma visão financista de curto prazo subserviente a um mercado especulativo e predatório que não tem nenhum compromisso com o desenvolvimento sustentável do Brasil, dos brasileiros e da Petrobrás.
#Privatizar faz mal ao Brasil.
Fonte: Rosangela Buzanelli