O encontro tem como objetivo fortalecer a rede de apoio contra a saída da Estatal do RN e lutar pela retomada dos investimentos no setor petrolífero

Na próxima segunda, 4 de outubro, às 9h, a Câmara Municipal de Mossoró fará uma audiência pública em celebração aos 68 anos da Petrobras. A iniciativa da atividade partiu da Diretoria do SINDIPETRO-RN e da AGERN, e foi aceita pelo presidente da Casa, Lawrence Amorim, em reunião com Diretor da FUP e Secretário Geral do Sindicato, Pedro Lúcio.

De acordo com o Diretor do SINDIPETRO-RN e da AGERN, Orildo Lima, o ato se faz necessário para fortalecer a rede de apoio contra a saída da Estatal do RN e lutar pela retomada dos investimentos no setor petrolífero: “Nos últimos anos a Petrobras vem acelerando o processo da venda de ativos e reduzindo investimentos na bacia potiguar, afetando diretamente a criação de empregos e a receita do Estado e dos municípios produtores de petróleo e gás”, explica o dirigente.

O Secretário Geral Pedro Lúcio informa que de 2010 a 2018 os investimentos da estatal na bacia potiguar foram reduzidos a menos de um terço. “Em 2010 a Petrobras investia cerca de R$ 1.553,17 milhões no RN, já em 2018 o valor foi drasticamente reduzido para R$ 546,37 milhões, e continua caindo com a venda dos campos de petróleo e ausência na exploração de novos poços”, destaca.

A redução citada pelo dirigente atingiu diretamente a geração de empregos na cadeia produtiva de petróleo em Mossoró e Região. Segundo o Sistema Integrado de Segurança Patrimonial da Petrobras – SISPAT, em 2011 a estatal mantinha 13.151 trabalhadores terceirizados e 2708 concursados. Em junho de 2020, o número chegou a 4.704 e menos de 1.000 petroleiros próprios.

Já o Coordenador Geral, Ivis Corsino, ressalta que “é bem comum encontrar mossoroenses que tiveram uma carreira próspera no petróleo e que hoje trabalham em áreas completamente diferentes da formação industrial, e com baixos salários. São engenheiros e técnicos com alto grau de formação e experiência que retroagiram profissionalmente devido à falta de investimentos da Petrobras no nosso Estado”. Ivis lembra ainda, “é possível reverter muita coisa com a força política e apoio da sociedade. Não falta petróleo no RN, falta interesse político em investir”.