Depois de anunciar a intenção de vender campos petrolíferos em águas rasas, a Direção da Petrobrás retomou, nesta segunda-feira, 28, o processo de alienação de campos terrestres nos Estados do Rio Grande do Norte e da Bahia. A disposição já havia sido anunciada pela companhia no primeiro trimestre de 2016.

Em “Fato Relevante”, a Petrobrás deu início à chamada “etapa de divulgação das oportunidades (Teasers)”, referentes à cessão da totalidade de seus direitos de exploração, desenvolvimento e produção em três conjuntos de campos terrestres (totalizando 50 concessões) localizados no RN e na BA.

No RN, estão sendo ofertadas 34 concessões no Polo Riacho da Forquilha, situadas a cerca de 40 Km ao sul da cidade de Mossoró. A produção média de óleo da área, verificada entre janeiro e junho de 2016, foi de 8.748 barris/dia. Já a produção média de gás, no mesmo período, foi de 332 mil m3/dia.

A Petrobrás é operadora de todos os campos, com 100% de participação, à exceção de Cardeal e Colibri, onde a companhia detém 50% e a operadora é a PARTEX com 50%, e dos campos de Sabiá da Mata e Sabiá Bico-de-Osso, onde a companhia detém 70% e a operadora é a SONANGOL com 30%.

Tal como no recente anúncio do processo de venda de campos marítimos em águas rasas, os “teasers” publicados na aba de “Relacionamento com Investidores” do sítio da Petrobrás apresentam uma instituição financeira como parceira: desta feita, o Itaú – BBA.

A sociedade norte-rio-grandense, com destaque para os agentes políticos, precisa reagir. A saída da Petrobrás das atividades de exploração e produção acarretará redução de investimentos no setor, diminuição da produção, queda na arrecadação de royalties e impostos, riscos à segurança e ao meio-ambiente, precarização do trabalho e mais desemprego.