
Greve de 24 horas no dia 26/03 é uma resposta da categoria aos ataques da gestão Magda, que vem esvaziando os fóruns de negociação coletiva e desrespeitando a boa-fé negocial. As Federações orientam que ninguém assine os termos individuais de adesão ao teletrabalho.
Com uma pauta de luta unitária da FUP e da FNP, a categoria petroleira está realizando assembleias em todas as bases do Sistema Petrobrás para deliberar sobre a aprovação da greve de 24 horas no dia 26 de março. A mobilização é uma resposta aos ataques crescentes da gestão Magda Chambriard aos fóruns de negociação coletiva, cuja postura tem sido de desrespeito às reivindicações dos trabalhadores e à boa-fé negocial, como está acontecendo atualmente com a PLR e o teletrabalho.
No Rio Grande do Norte, as assembleias foram realizadas pelo SINDIPETRO-RN e tiveram uma participação expressiva da categoria. Na noite de quarta-feira, dia 19, uma assembleia virtual reuniu trabalhadores de bases operacionais. Já na manhã do dia 20 de março, foi realizada uma assembleia presencial no prédio do Edirn, com os trabalhadores administrativos de Natal. Em ambas as ocasiões, a paralisação foi aprovada por ampla maioria, reforçando o engajamento da categoria potiguar na mobilização nacional.
Pauta de Luta e Reivindicações
A greve proposta é uma resposta a vários ataques e mudanças prejudiciais implementadas pela gestão da Petrobrás. Entre as principais reivindicações estão a exploração da Margem Equatorial, um novo campo de petróleo que tem sido explorado apenas por empresas estrangeiras; a redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores, que compromete a remuneração anual dos empregados; e contra as mudanças no teletrabalho, que penalizam ainda mais a categoria ao reduzir benefícios e condições de trabalho.
Além disso, o sindicato também levanta bandeiras em defesa da saúde e segurança dos trabalhadores, incluindo a exposição ao benzeno, uma substância altamente perigosa que pode ser prejudicial em qualquer nível de contato. A exposição contínua ao benzeno em atividades da Petrobrás é uma preocupação crescente entre os petroleiros, já que a substância é cancerígena e pode causar danos irreparáveis à saúde.
Por fim, a greve também é uma resposta às péssimas condições de trabalho nas instalações da Petrobrás, que têm levado a acidentes e mortes de trabalhadores. A falta de medidas eficazes para garantir a segurança no ambiente de trabalho é uma das principais queixas da categoria, que exige melhorias urgentes para evitar mais tragédias no futuro.