Na manhã desta sexta-feira, 22, a categoria petroleira norte-rio-grandense integrou-se ao Dia Nacional de Luta contra a PEC 06/2019, reforçando as mobilizações das centrais sindicais em defesa da Previdência Social brasileira. Organizados pelo SINDIPETRO-RN, os protestos foram realizados nas duas principais sedes administrativas da Petrobrás no RN, logo nas primeiras horas da manhã.

Na Base 34, em Mossoró, a manifestação teve início às 6h00, às margens da BR 304, onde foi realizada uma blitz educativa. O ato contou com a participação de petroleiros e petroleiras dos setores público e privado, e de representantes de diversas entidades sindicais e populares. De acordo com o secretário geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, o objetivo da atividade foi alertar a categoria petroleira sobre as consequências da reforma da previdência e o sistema de capitalização que se pretende adotar.

“Esse é um retrato que conhecemos, favorece o capital financeiro nacional e internacional, tira direitos de trabalhadores, não garante a aposentadoria e, mais do que isso, impede que o contribuinte tenha benefícios e assistência social”, disse Pedro Lúcio, sobre o modelo de capitalização. “Defendemos uma Previdência pública, social, para todos, e não uma poupança para alimentar os banqueiros”, sintetiza Pedro.

Da sede da Petrobrás, na BR 304, os participantes se deslocaram até o prédio do INSS, no bairro Aeroporto, onde chegaram por volta das 8h00. De lá, os presentes saíram em marcha até a praça do PAX, no centro da cidade, onde foi realizado um ato unificado. De acordo com a organização do evento, cinco mil pessoas estiveram presentes na manifestação unitária. 

Natal

Em Natal, a categoria petroleira reuniu-se na sede administrativa da Petrobrás, às 8h30, para uma roda de conversa. Antes, nos principais portões da unidade, diretores da entidade fizeram a distribuição de uma edição especial do boletim “Na Luta”, focada na questão da reforma da Previdência.

Durante a conversa, que se estendeu por cerca de duas horas, os assuntos mais discutidos foram o regime de capitalização, a situação da Petros e a necessidade da categoria manter-se unida para garantir a manutenção de direitos e enfrentar a sanha privatista já anunciada pela nova direção da Petrobrás.

Já, no período da tarde, vários petroleiros e petroleiras participaram da manifestação unitária promovida pelas centrais sindicais. Com concentração inicial marcada para a sede do INSS, cerca de seis mil manifestantes percorreram as ruas centrais da cidade, portando faixas, bandeiras e puxando palavras de ordem. Vitoriosa, a manifestação unitária foi encerrada com um ato público na Praça Sete de Setembro, no centro histórico de Natal.