Representantes das principais centrais sindicais brasileiras estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, 7, em Mossoró, para traçar uma agenda unitária de lutas em preparação à greve geral de 30 de junho. O encontro foi realizado na subsede do SINDIPETRO-RN e o movimento tem por objetivos barrar as reformas trabalhista e previdenciária intentadas pelo governo golpista chefiado por Michel Temer.

A plenária contou com a presença de dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, CSP-Conlutas e Intersindical. Também estiveram presentes representações do SINDIPETRO-RN, SINAI, ADUERN, SINDBANCÁRIOS, SINDIMETAL, SINTRACOM, SINTE – RN, SINDISERPUM, além da União Brasileira de Mulheres (UBM), União da Juventude Socialista (UJS) e Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).

Plenária

A plenária de entidades teve início com uma avaliação da Greve Geral realizada no dia 28 de abril. Representando a CTB-RN, Neto Vale destacou o êxito do movimento realizado em Mossoró, convocado pela Frente Brasil Popular e pelo Fórum dos Servidores Públicos do Oeste Potiguar, destacando a participação de entidades religiosas que apoiaram as causas dos trabalhadores.

“As duas atividades realizadas em Mossoró, no dia 28, mostraram que é possível mobilizar as bases para ir às ruas protestar em defesa dos direitos da população. Acredito que melhores resultados podem ser alcançados se unificarmos o protesto com todas as centrais, mostrando ainda mais força. Destaco também a participação de igrejas e escolas naquela atividade. Sem dúvida, esse foi um dos diferenciais do protesto na cidade”, lembrou Neto.

O diretor do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, também concorda com esse pensamento e reforça a necessidade de união das entidades para que a atuação nas bases de cada categoria seja fortalecida. “Conseguimos fazer um bom ato, com apoio da igreja, e consideramos que esse trabalho deve continuar nos próximas atividades para juntos barramos as reformas impostas pelo governo golpista”, afirmou o petroleiro.

Pedro Lúcio sugere ainda que os sindicalistas esclareçam nas bases que esse tipo de protesto é legal e não tem por objetivo prejudicar o trabalhador. “É preciso que durante as assembleias para aprovação da greve, os sindicalistas tirem as dúvidas dos trabalhadores sobre a legitimidade do protesto e informem às empresas com 72 horas de antecedência, obedecendo o art. 13 da Lei de Greve”, alertou.

Encaminhamentos

01 – Reunião com dois representantes de cada central sindical na terça-feira, 13, às 9h no sindicato dos bancários, em Mossoró;

02 – De 7 a 23/6: realização de plenárias, assembleias e reuniões para construir a greve geral no dia 30 de junho;

03 – Dia 20/6: “Esquenta da Greve Geral”, com atos e panfletagens promovidos pelas centrais sindicais nos locais de trabalho e nas ruas.

04 – Mobilizar as igrejas;

05 – Convocação para o ato chamado pelo Fórum Estadual dos Servidores, no dia 14, rumo à Greve Geral.

06 – Ato político e cultural, unificado, das centrais sindicais e movimentos sociais, no dia 30, às 15h, na Praça do PAX.