Diante de uma crise econômica e sanitária sem precedentes, que no Brasil é potencializada pelo projeto fascista e ultraliberal do atual governo e de seus aliados, os petroleiros e petroleiras enfrentam o maior desmonte da história do Sistema Petrobrás, cuja privatização avança a passos largos. Um cenário desafiador para a IX Plenária Nacional da FUP, que será realizada entre os dias 12 e 15 de agosto e cujo tema – ENERGIA PARA RECONSTRUIR O BRASIL – já adianta a importância dos debates que serão feitos pela categoria petroleira.

O trágico momento que o Brasil atravessa exige da classe trabalhadora ações estratégicas e contínuas por uma democracia com participação efetiva dos trabalhadores.  E a Petrobrás é peça fundamental na reconstrução de um projeto econômico soberano, com geração de empregos e inclusão social. Por isso, um dos principais objetivos desta 9ª Plenafup é construir ações estratégicas para que a empresa volte a ser indutora do desenvolvimento nacional.

O primeiro dia do evento contará com pronunciamento em vídeo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fará uma análise de conjuntura para os petroleiros e petroleiras na solenidade de abertura, com transmissão pelos canais da FUP no Youtube e no Facebook.

“A 9ª Plenafup terá debates fundamentais, tanto nas mesas temáticas, quanto nos trabalhos em grupos. O desafio dos petroleiros e das petroleiras é discutir formas de organização para enfrentamento ao fascismo e uma agenda de construção de propostas para o Brasil que queremos e uma Petrobrás protagonista destas mudanças”, afirma o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

A plenária acontecerá de forma virtual, com participação de cerca de 150 petroleiros e petroleiras eleitos nos congressos regionais realizados pelos Sindicatos filiados. A Plenafup é realizada anualmente no intervalo entre os Congressos da FUP (Confup), que acontecem a cada três anos. Veja abaixo a programação completa.

SMS, regimes, jornadas e organização sindical

Nesta IX Plenafup, não haverá debate sobre campanha reivindicatória, pois o Acordo Coletivo de Trabalho negociado ano passado com a Petrobrás tem validade até agosto de 2022. Os grupos de trabalho, que estarão reunidos no domingo, 15/08, discutirão questões relativas à organização sindical, às condições de saúde e segurança, aos regimes e jornadas de trabalho, entre outras temáticas ligadas ao ambiente de trabalho. Veja abaixo a divisão dos GTs por temas:

GT-1 – O modelo negocial e a representação – discutirá a organização dos trabalhadores diante do avanço das privatizações e da terceirização. A organização da Plenafup destaca: “é imprescindível estruturamos formas de fortalecer a organização dos petroleiros e petroleiras, independentemente de serem próprios, terceirizados, estatal ou privado, com a inclusão das pautas contra todas as formas de opressão sem fragmentar a luta da classe trabalhadora”.

GT-2 – Construção do modelo energético – “A crise hídrica e o processo de transição energética, assim como o processo de destruição da Petrobrás, apontam para a necessidade dos petroleiros e petroleiras construírem propostas para o enfrentamento dessa realidade, com o objetivo de garantir a energia necessária para a reconstrução do país”, ressalta a organização da Plenafup.

GT-3 – Retomada de uma Petrobrás integrada, pública e a serviço do povo: a luta contra as privatizações – o objetivo desse grupo é “avaliar o que vem sendo feito pelas entidades sindicais em relação a tentativa de barrar o processo de privatização da Petrobrás. Além disso, elaborar e atualizar estratégias de ação para a luta contra as privatizações”.

GT-4 – A saúde, meio ambiente e segurança no trabalho no setor petróleo, dentro e fora do espaço laboral – tratará das principais questões relacionadas a SMS e ações sindicais relacionadas a esta temática que foram apontados pela categoria nos congressos regionais.

GT-5 – A reestruturação produtiva e os impactos no trabalho, regime e jornada – espaço de construção de propostas a partir de debates realizados durante a Plenafup e os congressos regionais. 

Programação da IX Plenafup:

12/08 – quinta-feira

14h – Eleição da Mesa Diretora, leitura e aprovação do Regimento Interno

16h – Solenidade de abertura e pronunciamento do ex-presidente Lula – transmissão no youtube.com/c/FUPBRASIL

18h – Mesa 1: Fascismo e Democracia (a que queremos) – com a jurista Kenarik Boujikian, da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e o jornalista Luis Nassif, editor do GGN

13/08 – sexta-feira

10h às 12h – Mesa 2: Transformações nas Relações de Trabalho e Representação Sindical – com o ativista Paulo Galo Lima, líder do movimento Entregadores Antifascistas, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese, a economista Marilane Teixeira, pesquisadora da Unicamp e do Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.

15h às 17h – Mesa 3: Desafios da esquerda e dos sindicatos na incorporação das pautas contra todas as formas de opressões – com Walmir Siqueira, coordenador do Coletivo Nacional LGBT da CUT, e a socióloga Luciane Soares da Silva, professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense e coordenadora do Núcleo de Estudos Cidade Cultura e Conflito (NUC/UENF).

18h às 20h – Lançamento do livro “Operação Lava-Jato: Crime, Devastação Econômica e Perseguição Política” – com Fausto Augusto Júnior, coordenador técnico do Dieese e um dos organizadores do livro; Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP; Claudio da Silva Gomes, presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (CONTICOM); e Edson Carlos Rocha da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói/RJ e coordenador do Setor Naval da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT).

14/08 – sábado

17h – Lançamento do livro do INEEP “Economia política dos hidrocarbonetos: Entre a pandemia e a transição energética” – com participação dos pesquisadores William Nozaki, Rafael Rodrigues da Costa e Isadora Caminha Coutinho.

10h às 12h – Mesa 4: A luta contra as privatizações – com Fabíola Latino Antezana, da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU) e da Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia (POCAE); Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas; Mário Dal Zot, presidente da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) e diretor da FUP; senador Jean Paul Prates, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras e Líder da Minoria no Senado; José Aparecido Gandara, presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (FINDECT).

14h às 16h – Mesa 5: Energia para reconstruir o Brasil e a proposta dos petroleiros e petroleiras – com José Sérgio Gabrielli, ex-Presidente da Petrobrás e professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Cibele Vieira, diretora da FUP.

16h às 18h – Painel “Ineep: três anos transformando energia em conhecimento”, em comemoração aos três anos do Instituto – com Deyvid Bacelar coordenador geral da FUP; Rodrigo Leão, diretor técnico do INEEP; William Nozaki, diretor técnico do INEEP; Fátima Viana, diretora da FUP e diretoria política do INEEP; José Maria Rangel, ex-coordenador da FUP e idealizador do INEEP, atual diretor do Sindipetro-NF. Ao final do debate, será feito o lançamento do livro do INEEP “Economia política dos hidrocarbonetos: Entre a pandemia e a transição energética”,  com participação dos pesquisadores William Nozaki, Rafael Rodrigues da Costa e Isadora Caminha Coutinho.

18h – Atividade cultural – live com Tonho Matéria, cantor, capoeirista e compositor baiano, ex-vocalista das bandas Ara Ketu e Olodum. Transmissão no youtube.com/c/FUPBRASIL

15/08 – domingo

9h às 12h – Grupos de Trabalho:

GT-1 – O modelo negocial e a representação

GT-2 – Construção do modelo energético

GT-3 – Retomada de uma Petrobrás integrada, pública e a serviço do povo: a luta contra as privatizações

GT-4 – A saúde, meio ambiente e segurança no trabalho no setor petróleo, dentro e fora do espaço laboral

GT-5 – A reestruturação produtiva e os impactos no trabalho, regime e jornada

14h às 17h – Plenária final

[Imprensa da FUP]