Um momento de reflexão coletiva baseado no debate democrático de ideias. Assim foi o 28º Congresso Estadual dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte – CEPETRO-RN. O evento reuniu 106 delegados e delegadas, representantes de trabalhadores e trabalhadoras dos setores público e privado, aposentados, aposentadas e pensionistas. Os trabalhos foram desenvolvidos durante todo o dia 4 de maio, no Centro de Formação de Educadores Maristas, localizado em Extremoz, município da Região Metropolitana de Natal.

A programação teve início com a realização de um Ato Público ao qual compareceram diversos dirigentes sindicais e lideranças políticas. Da categoria petroleira, participaram o coordenador da FUP, João Antonio de Moraes; e os representantes do SINDIPETRO-AM e do SINDIPETRO-BA, respectivamente, Aldemir Caetano e Henrique Crispim. Entre as centrais sindicais, compareceram 

representações da CTB e da CUT, e, na esfera partidária, dirigentes do PCdoB, PSOL e PT.

Após a realização do Ato Público e aprovação da proposta de Regimento Interno foram iniciados os debates destinados a analisar a conjuntura nacional e internacional, e situar a orientação gerencial que vem sendo posta em prática pela direção da Petrobrás. Intitulada “Investimento, desenvolvimento e valorização do trabalho”, a tese que serviu de referência às discussões avaliou as possibilidades de avanço das lutas por desenvolvimento no Brasil, considerando o ambiente externo, caracterizado pela crise do sistema capitalista.

A conclusão é de que o País já sente os impactos do fenômeno, com desaceleração do crescimento econômico, retração da atividade industrial e diminuição da oferta de empregos. Para os delegados, a retomada de um rumo ascendente exige a viabilização de um projeto nacional de desenvolvimento que tenha como foco a transição para uma nova formação política, econômica, social e cultural: o socialismo. E, nessa perspectiva – diferentemente do que identificaram as análises realizadas durante o Congresso, a Petrobrás precisará ser tratada como instrumento estratégico do Estado brasileiro, tanto para fomentar o progresso da Nação quanto para combater as desigualdades regionais.

Pauta – No período da tarde, após a discussão sobre a conjuntura e a atuação da Petrobrás, o plenário foi dividido em três grupos de trabalho: setor público, setor privado, e, aposentados e pensionistas. Em cada segmento foi realizado uma avaliação da atuação do Sindicato à frente das principais lutas travadas pela categoria, bem como, dos resultados alcançados. O balanço permitiu identificar as demandas que permanecem na ordem-do-dia, e, também, reconhecer novas necessidades, que deverão compor as pautas de reivindicações das próximas campanhas reivindicatórias.

Por fim, retornando ao plenário, delegados e delegadas puderam se posicionar diante das proposições discutidas e aprovadas nos grupos; apreciaram diversas propostas de moção, com diferentes finalidades; e elegeram os delegados que representarão o Rio Grande do Norte na IV Plenária Nacional da FUP. Responsável por unificar uma pauta nacional de reivindicações, a IV PlenaFUP será realizada no período de 6 a 9 de junho, no Centro de Capacitação Paulo Freire, localizado em um assentamento do MST, em Caruaru (PE).