Terminado o primeiro turno da eleição que definirá o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, é hora da categoria se posicionar e garantir a reeleição de Deyvid Bacelar (1010). Junto com Arthur Bob Ragusa, suplente da chapa, ele conquistou 4.415 votos e disputará o segundo turno, entre os dias 20 e 28 de fevereiro.
O que está em jogo nessa eleição é a própria representação dos trabalhadores. Não é de hoje que a gestão da Petrobrás disputa essa vaga, na tentativa de impedir que o movimento sindical ocupe um espaço estratégico, que foi conquistado após décadas de luta. A participação dos trabalhadores no Conselho de Administração de empresas públicas foi garantida pelo movimento sindical classista e, em especial, pela FUP, que arrancou o compromisso do ex-presidente Lula em atender essa reivindicação histórica dos petroleiros.
Após dois anos de tramitação no Congresso Nacional, em 29 de dezembro de 2010 foi sancionada a Lei nº 12.353, que assegura o direito dos trabalhadores terem voz ativa no principal fórum de deliberação das empresas que são controladas pela União. Os gestores da Petrobrás nunca aceitaram essa conquista. Desde a primeira eleição, em 2012, gerentes e diretores disputam a vaga dos trabalhadores no CA, apoiando candidatos que se dizem “independentes”, mas cujas trajetórias na empresa não deixam dúvidas de que lado estão.
Os dois mandatos dos conselheiros eleitos com apoio da FUP e de seus sindicatos (em 2013 e em 2015) foram fundamentais nas lutas dos trabalhadores. Através da atuação dos nossos conselheiros, o CA deixou de ser uma caixa preta, à qual a categoria e a sociedade jamais tiveram acesso. Fizemos o contraponto às políticas de gestão neoliberais, demos transparência aos debates e ampliamos a participação dos trabalhadores, com a garantia de um suplente e a coordenação do Comitê de SMS, onde a FUP tem buscado mudanças na política de segurança da Petrobrás.
Neste atual mandato, o conselheiro Deyvid Bacelar vem travando uma disputa ainda mais acirrada contra a privatização da empresa, em defesa dos empregos e por condições seguras de trabalho. Sua atuação não se limita só ao Conselho. Construiu também articulações políticas importantes com conselheiros eleitos de outras empresas públicas, com os movimentos sociais e com lideranças do Congresso Nacional. Ao bater de frente com os entreguistas, ele passou a ser atacado pelos conselheiros da Petrobrás que fazem o jogo do mercado e pela própria gestão da empresa, vide sua prisão arbitrária durante a greve de novembro.
Portanto, é urgente que cada petroleiro e petroleira analise criteriosamente o histórico de vida dos dois candidatos que disputam esse segundo turno da eleição do CA e se posicionem firmemente para eleger quem de fato defende os interesses da categoria e do povo brasileiro. O que está em risco é a representação dos trabalhadores. Não deixemos que os gestores calem a nossa voz. Vamos reeleger Deyvid Bacelar, votando 1010.
Fonte: FUP com título da Redação