Em assembleias realizadas na manhã desta quinta-feira, 22, trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás lotados nas plataformas marítimas e nas sedes administrativas da empresa, em Natal e Mossoró (Base 34), decidiram rejeitar a contraproposta de aditamento ao Acordo Coletivo de Trabalho – ACT 2015-2017, apresentada pela Direção da Companhia.
Ontem, 21, foram realizadas assembleias no campo de Riacho da Forquilha, na sede administrativa da empresa em Alto do Rodrigues (S7) e na Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira – UTE-JSP. Em todas as sessões deliberativas realizadas, a posição defendida pela Diretoria do SINDIPETRO-RN foi aprovada por unanimidade.
Além de reduzir o valor da hora extra e retirar o auxílio almoço, substituindo-o por um tíquete-refeição, a proposição apresentada pela Petrobrás, segundo cálculos do Dieese, representa perda salarial de 3,6% a 4,7%, dependendo da faixa de remuneração. A negociação envolve apenas questões econômicas, mas a Direção da Petrobrás tenta incluir cláusulas sociais.
Segundo a Diretora de Finanças do SINDIPETRO-RN, Fátima Viana, a oferta da Petrobrás poderia ter sido recusada já na mesa de negociação, mas as entidades sindicais decidiram submeter a proposta à apreciação, como forma de debater com a categoria os rumos do movimento. Fátima Viana representou o Sindicato na reunião do Conselho Deliberativo da FUP que aprovou o indicativo de rejeição da proposta.
Além do contundente repúdio à proposta indecente de arrocho salarial apresentada pela gestão Pedro Parente, os trabalhadores da Petrobrás seguem aprovando o Estado de Greve, Assembleia Permanente e a deflagração da Operação “Para, Pedro!”. O movimento visa o rigoroso cumprimento de todos os itens de segurança operacional e a denúncia de quem descumpri-los ou assediar trabalhadores.
A saída de quase 20 mil petroleiros nos dois últimos Planos de Incentivo ao Desligamento Voluntário – PIDVs, aumentando exponencialmente os riscos de acidentes e mortes, reforça ainda mais a urgência dessa iniciativa.