Uma grande manifestação em defesa das empresas e serviços públicos ocorre nesta terça, 8, no Congresso Nacional, em Brasília. Com seminário, ato e lançamento do livro “Se é público, é para todos”, o evento reunirá parlamentares e representantes dos movimentos sindical e social, a partir das 9h00, no auditório Nereu Ramos, para denunciar os desmontes que vêm sendo promovidos pelo presidente golpista Michel Temer e seus aliados, atingindo toda a sociedade brasileira e retirando direitos dos trabalhadores nas estatais.
Exemplos recentes desses ataques são o ofício circular 146/2018 em que a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) orienta a ´aplicação imediata´ da resolução 23, que estabelece alterações nos planos de saúde dos empregados em empresas públicas federais e o anúncio do fechamento de agências e de demissões na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Publicada em janeiro passado, a resolução 23 traz mudanças prejudiciais aos trabalhadores de empresas públicas, brecando a concessão de planos de saúde a novos contratados, restringindo a adesão de dependentes e, apesar da ressalva de respeito ao direito adquirido, impedindo a continuidade do benefício após vigência do contrato de trabalho.
“É mais uma forma de promover o desmonte nas instituições públicas a partir da redução de direitos de seus empregados”, avalia a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano.
Já, com relação aos Correios, o anúncio prevê o fechamento de 513 agências próprias e cerca de 5.300 dispensas. A medida foi aprovada em reunião da diretoria da ECT em fevereiro e mantida em sigilo pela empresa. Só em São Paulo serão fechadas 167 agências (90 na capital e 77 no interior), e os clientes deverão ser atendidos por franqueadas, numa clara preferência pelo investimento privado.
“É assim que esse governo vem agindo nas empresas públicas, numa espécie de padrão: vai promovendo o desmonte da empresa com a retirada de direitos dos trabalhadores e demissões, precarizando o ambiente e as relações de trabalho e acabando com a qualidade do atendimento à população”, destaca a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano.
(Com informações de http://www.comiteempresaspublicas.com.br/portal/comite-empresas-publicas/)