Reunidos na última segunda-feira (26), representantes das centrais sindicais CTB, CUT, CSB, Força Sindical, NCST e UGT definiram o trajeto do protesto desta quarta-feira (28) – Dia Nacional de Luta, quando serão realizados atos, mobilizações e greves por todo o país em defesa de emprego e direitos trabalhistas. A principal reivindicação dos trabalhadores é a revogação das medidas que alteram a concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas, como seguro-desemprego e pensão por morte. Mas os trabalhadores também pedem a mudança no rumo da economia.

Em São Paulo, a concentração do Dia Nacional de Luta será no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, às 10h, e passará pela Petrobrás e pelo Ministério da Fazenda, onde serão entregues documentos das centrais com críticas às medidas de crescimento econômico adotadas pelo governo. Já, no Rio Grande do Norte, o ato acontece no calçadão da Rua João Pessoa com a Princesa Isabel, às 16h.

Também estão previstas manifestações conjuntas, até o momento, em Curitiba (PR), Florianópolis(SC), Belém (PA), Salvador(BA), Manaus(AM), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ).

Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, lembrou que o ato de quarta-feira é uma preparação para a marcha prevista para 26 de fevereiro, em São Paulo. “A presidenta Dilma foi eleita com a plataforma e a política referendada inclusive pelas centrais sindicais. Não vamos aceitar calados medidas restritivas, que derrubam o crédito, o financiamento para pequenas e médias empresas. A consequência disso é o desemprego. As centrais apoiaram a política da presidenta, mas quem apoia também cobra, e é o que vamos fazer”, afirmou.

Gomes ressalta é fundamental a mobilização da classe trabalhadora, nesse momento, pois só a unidade de ação dos trabalhadores será capaz de impedir a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários através das Medidas Provisórias nº 664 (pensão por morte e auxílio-doença) e 665 (seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso), anunciadas no fim de 2014 pelo governo federal.

Onofre Gonçalves, presidente da CTB São Paulo revela ainda que a intenção é entregar um documento aos representantes do Ministério da Fazenda e da Petrobras que tem, entre as reivindicações, a revogação das MPs que retiram os direitos. “Queremos a manutenção do diálogo com o governo. Para isto, as medidas devem ser retiradas ou revistas”.

As duas medidas provisórias (664 e 665), que dificultam o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, estão sendo analisadas por grupos técnicos do governo e das centrais. A primeira reunião ocorreu na sexta-feira (23). Na terça (3), dirigentes das seis centrais envolvidas na negociação (CTB, CSB, CUT, Força, Nova Central e UGT) voltarão a se reunir com os ministros Rossetto, Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previdência Social) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego). O encontro será novamente realizado no escritório da Presidência da República em São Paulo.

Confira a agenda pelos estados:

Alagoas

Concentração às 9h, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, no calçadão do comércio, em Maceió

Bahia

Em Salvador, a manifestação será no Centro da cidade, com concentração ás 8h, em frente ao Sindicato dos Bancários e caminhada até a Superintendência Regional do Trabalho  – SRTE, onde acontece um ato político.

Ceará

Concentração às 8h, Na Secretaria Regional do Trabalho e Emprego, na Rua 24 de Maio, 78, centro de Fortaleza

Distrito Federal

Concentração às 14h, em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília

Goiás

Concentração às 8h, na Praça do Bandeirante, centro de Goiânia

Maranhão

Ato às 8h, em Frente à Delegacia Regional do Trabalho, centro de São Luiz

Mato Grosso

Ato às 9h30, em frente ao INSS, na Avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá

Mato Grosso do Sul

Ato em frente ao Ministério do Trabalho, na Rua 13 de Maio, a partir das 7h. Em seguida, os manifestantes seguem para ato em frente à Caixa Econômica Federal, na mesma Rua, a partir das 9h

Minas Gerais

Os mineiros realizam um ato na Praça Sete, centro da capital, para dialogar com a população. Durante o ato, que começará às 15 horas, as centrais sindicais distribuirão nota conjunta alertando sobre os ataques aos benefícios como seguro-desemprego, auxílio pensão e abono salarial, entre outros.

Pará

Concentração às 10h, na escadinha, no Boulevard Castilho França, em Belém

Paraíba

Haverá panfletagem na CBTU e na Lagoa Parque Sólon de Lucena, em João Pessoa, durante todo o dia

Paraná

Concentração às 10h, na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba

Pernambuco

Concentração às 8h, em frente à Superintendência Regional do Trabalho (SRT), na Avenida Governador Agamenon Magalhães, no bairro do Espinheiro, em Recife

Piauí

Panfletagem a partir das 7h na Praça João Luis Ferreira, no centro de Teresina

Rio Grande do Norte

O ato acontecerá no calçadão da Rua João Pessoa com a Princesa Isabel, às 16h. 

Rio de Janeiro

Concentração às 14h, na Central do Brasil, na capital

Rio Grande do Sul

Haverá vigília em frente da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, localizada na Av. Mauá, nº 1013, centro de Porto Alegre, a partir das 10h

São Paulo

Concentração às 10h, no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista. A manifestação passará pela Petrobrás e pelo Ministério da Fazenda

Sergipe

Ato às 8h, em frente ao INSS, na Avenida Ivo do Prado, em Aracaju

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