Entre os dias 10 e 14 de abril, a Federação Nacional de Minério e Energia (FNME) da França, filiada à Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), realizou seu 6º Congresso na cidade de Nantes.
O Congresso teve como objetivo fazer um balanço das atividades entre 2014 e 2017. Nele se discutiu as investidas do patronato e dos governos nos direitos dos trabalhadores, especialmente nas aposentadorias e na redução salarial. Com isso, as delegações internacionais compartilharam a necessidade de um fortalecimento da organização sindical a nível global e Europeu.
O SINDIPETRO-RN se fez presente por meio do coordenador geral do Sindicato, José Antonio de Araújo, e o diretor de política sindical e relações institucionais, José Divanilton Pereira da Silva.
Em sua exposição, Divanilton, que também é secretário de Relações Internacionais da CTB, aproveitou a oportunidade para denunciar o golpe sofrido no Brasil e as reformas que o presidente ilegítimo, Michel Temer, está implementando no país, contra os direitos sociais e trabalhistas.
Após saudar da classe trabalhadora brasileira, ele afirmou que “o setor energético continua sendo objeto de severas disputas de controle. Seja através de legislações condicionadas, ou até mesmo por guerras. Para tal intento liberal, propagandeiam essa cadeia como se fosse mercadoria”.
O diretor ainda aproveitou para denunciar, não só o golpe parlamentar-judiciário-midiático ocorrido no Brasil, como também as consequências programáticas dessa trama. “Um ilegítimo usurpou a Presidência da República e, liderado pela direita política e econômica, afrontou a democracia e pôs à venda a soberania do país – está privatizando a Petrobrás e as reservas do pré-sal – e promove grandes retrocessos contra os direitos previdenciário, trabalhista e sindical da classe trabalhadora brasileira”, afirmou Divanilton.
Para o coordenador geral do SINDIPETRO-RN, “trata-se de uma orquestração mundial contra o mundo do trabalho, e isso se reflete no Brasil. Portanto essa ofensiva do ilegítimo governo Temer atacando o Estado, inviabilizando os programas sociais e os serviços públicos. Ao mesmo tempo ataca a Previdência Social, com o falso argumento que ela é deficitária, quando seu verdadeiro intuito é quebrar a previdência social. Fragiliza a organização do trabalhador com a terceirização sem limites, que estamos tentando evitar isso com uma Greve Geral a ser deflagrada no dia 28 de abril”, enfatizou José Araújo.
Além da constatação da necessidade de um enfrentamento global ao neoliberalismo, o movimento sindical busca o aperfeiçoamento de suas estruturas e financiamentos e da formação sindical.
As resoluções do congresso servirão para reafirmar a energia como patrimônio dos povos e não do mercado global, que lutarão pela sua natureza pública e social. E o desenvolvimento de intercâmbios sindicais em escala internacional é indispensável para o cumprimento de tais objetivos.