Ruas e universidades de todo país serão palco de uma série de manifestações nesta quinta-feira (28). O objetivo é denunciar uma ruptura constitucional e democrática no país, “um golpe”, como destaca o documento aprovado pelos diretores da União Nacional dos Estudantes e divulgado na semana passada.
O “Dia Nacional de Paralisação nas Universidades em Defesa da Democracia” é organizado em parceria com as centenas de comitês universitários de resistência democrática que foram construídos dentro das instituições e têm promovido diversas atividades desde que o golpe avançou no país.
O diretor de comunicação da UNE, Mateus Weber, afirma que os estudantes vão mostrar sua força nas ruas. “Nós vimos a aberração que foi a votação no último dia 17. A democracia não está ligada à defesa de governos, mas a gente acredita que esse processo de impeachment vai ferir diretamente os programas sociais e todas as conquistas dos últimos anos. Por isso a juventude vai pra rua para dizer que não aceita esse golpe que o Congresso está tramando”, disse.
Estão programadas manifestações nos restaurantes universitários, na porta das faculdades, atos nas salas de aula, atividades culturais, marchas, aulas públicas e assembleias que devem mobilizar toda a comunidade acadêmica de estudantes, professores, funcionários e técnicos-administrativos.
Cunha corrupto, Temer conspirador
Para os estudantes, o processo de impeachment não tem base legal e, além disso, é ilegítimo por ter sido conduzido na Câmara dos Deputados pelo réu e corrupto Eduardo Cunha, além de tramado pelo vice-presidente Michel Temer, “que conspira e quer levar adiante um projeto extremamente conservador e atrasado, com uma agenda neoliberal radical.”
“Enfrentaremos cada batalha contra o golpe institucional, inclusive no Senado Federal. Porém, caso esse cenário se confirme, a União Nacional dos Estudantes não reconhecerá a presidência da República. O vice-presidente não tem legitimidade porque assumirá o governo através de um golpe institucional, no qual é um dos maiores conspiradores.”, reforça o texto divulgado pela UNE.
(Fonte: UNE)