Os trabalhadores das bases do Alto do Rodrigues (ATP), UTE-JSP, Canto do Amaro e Fazenda Belém seguem firmes no segundo dia da paralisação de advertência nas áreas remotas e terminais em busca do fim da prática do Regime Administrativo no campo. De acordo com informações dos diretores nas áreas, a adesão nesta quinta-feira, 28, chegou a 90%, contando com expressiva participação dos empregados terceirizados.

Pressionada pela força do movimento, a Gerência do Ativo de Produção de Alto do Rodrigues (ATP-ARG) decidiu se manifestar, propondo a realização de uma rodada de negociações sobre o assunto. A primeira reunião deve acontecer no próximo dia 9 de junho, às 9h, seguida de outros encontros, que seriam realizados quinzenalmente, até o final de julho.

Apesar da disposição de diálogo manifestada pela Petrobrás é preciso cautela. Isto porque diversas reuniões já ocorreram, sem que fossem apresentadas soluções definitivas para o problema. Até o momento, o que se viu foi um arremedo de proposta que busca a imposição de uma escala de 8×6, que não resolve o problema e ainda afeta os regimes de Turno e Sobreaviso.

O objetivo do movimento é a criação de um regime especial para os trabalhadores que desempenham atividades eminentemente administrativas em bases remotas nos campos terrestres de produção e terminais. Este é o grupo enfrenta grande desequilíbrio na relação entre tempo disponibilizado para a empresa e para a família. Um trabalhador lotado no imóvel de Alto do Rodrigues, inserido em regime administrativo, por exemplo, fica quase metade do ano à disposição da Companhia.

Dia Nacional de Luta – No decorrer da paralisação, os trabalhadores também reafirmaram a pauta das mobilizações desta sexta-feira, 29, Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos Trabalhistas. Nesta data, petroleiros e outras categorias profissionais deverão intensificar os protestos contra os ataques aos direitos trabalhistas, preparando a greve geral, caso o Congresso Nacional e o Governo Federal insistam em aprovar o PL da Terceirização (4330), as MPs 664 e 665 e o ajuste fiscal.