Embora não tenha sido noticiada pelos maiores veículos de comunicação do Estado, a passagem da Tocha Olímpica nas duas maiores cidades do Rio Grande do Norte foi marcada por diversos protestos contra o governo do presidente interino Michel Temer.

Em Natal, no sábado, 4, houve manifestações nos bairros de Ponta Negra e Capim Macio. Já, em Mossoró, na segunda-feira, 6, foram realizados atos públicos na largada do revezamento, no bairro Alto de São Manoel, e no encerramento do percurso, na região central da cidade.

Mobilizados pela Frente Brasil Popular, articulação que reúne integrantes e representantes de diversas organizações sindicais e populares, os manifestantes portavam cartazes e faixas em que os principais dizeres eram “Fora Golpistas!” e “Fora Temer!”.

Nas duas cidades, a população que acompanhou a passagem da chama olímpica aderiu aos protestos, ora fazendo ecoar palavras de ordem, como em Mossoró, ora acionando as buzinas de seus veículos, como em Natal.

Com faixas em defesa da Petrobrás e contra o governo golpista, o SINDIPETRO-RN marcou presença nas manifestações, ao lado de diversas entidades. Para o diretor de Secretaria Geral do Sindicato, Pedro Lúcio, é importante que os trabalhadores saiam às ruas neste momento.

Pedro afirma que “a população tem todo o direito de protestar, e já que a mídia não abre espaço para os trabalhadores, nada mais justo que aproveitar essas ocasiões para expressarmos nosso repúdio ao golpe”.

Para o diretor Executivo da CTB-RN e organizador da Frente Brasil Popular em Mossoró, Aldeirton Pereira, a manifestação foi positiva. “O ato foi um sucesso de público e todo o planejamento organizado pela Frente se concretizou de maneira tranquila e pacifica”, avaliou.

Já, para Rodrigo Lima, representante da União Nacional dos Estudantes – UNE, a mobilização não pode parar. “Vamos continuar ocupando as ruas e espaços públicos em favor da democracia do país, pois não queremos retrocessos”, afirmou.

A opinião também é compartilhada pela militante da União da Juventude Socialista – UJS, Nellyse Dantas. Segundo ela, “a juventude saiu das redes sociais e veio para as ruas para dar à cara a tapa contra o retrocesso no país, e não vamos nos calar!”.